O PSB do Ceará promove ato, às 10 horas de hoje, na Assembleia Legislativa, para marcar a filiação do deputado federal Danilo Forte e do deputado estadual Heitor Férrer ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). O detalhe é que Heitor Férrer vai prestigiar o encontro apenas para anunciar seu ingresso na legenda, mas sem, no entanto, oficializar a mudança junto à Justiça Eleitoral. A filiação só será concretizada depois que o grupo ligado ao ex-governador Cid Gomes mudar para o PDT. O ingresso de Heitor junto ao PSB é um ato vinculado à filiação dos Ferreira Gomes ao PDT, desta forma, o deputado só se filiará oficialmente quando os cidistas confirmarem a mudança. Para tratar da nova conjuntura do PSB do Ceará, o deputado federal Danilo Forte e o socialista Sérgio Novais, que comanda a sigla em Fortaleza, visitaram na manhã de ontem, o Jornal O Estado. Na passagem, os políticos externaram as expectativas do PSB sobre a filiação do deputado Heitor Férrer e de Danilo Forte. “Nós encontramos no PSB, exatamente uma perspectiva de construir um projeto para o Brasil com independência, tanto do ponto de vista governamental como do ponto de vista capaz de oferecer uma proposta mais avançada com relação a esse momento”, justificou Danilo Forte, sobre as motivações que levaram ele e Heitor a mudarem para o PSB. “É isso que queremos fazer no PSB. Um partido plural, participativo, democrático internamente, sem dono, partido que não vai estar tutelado a um desejo de uma pessoa”, acrescentou. Críticas Ao ser questionado como tem recebido as críticas feitas por “amigos peemedebistas” como Gaudêncio Lucena, presidente municipal do PMDB, sigla em que Forte deixa para ingressar no PSB, Danilo minimizou e assegurou que, “talvez, por desconhecimento de causa ou alguma contrariedade pessoal”, Gaudêncio tenha feito alguma crítica. “Eu não vou entrar no comentário, eu acho que nós vamos ter que discutir na política. E na política foi tomada a minha decisão, em busca da construção de uma alternativa de um instrumento importante para essa mudança no Ceará”, respondeu Danilo Forte, com boas expectativas de que ao se aproximar o pleito de 2016, o PSB e PMDB possam caminhar juntos. “Hoje, podemos estar separado, mas, amanhã, pode ser que possamos estar juntos. Quando iniciar o debate do quadro sucessório do Ceará, para as eleições municipais, as forças do Ceará que tem uma perspectiva democrática, terão obrigatoriamente de se reaglutinarem”, pontuou. Novais Com o intuito de minimizar as polêmicas com a chegada de Danilo Forte no PSB, em que nos bastidores a informação é de que pode presidir a sigla a nível estadual, fazendo com que o atual presidente, Roberto Pessoa, que assumiu há poucos meses entregue o cargo, ficou clara a estratégia na visita de que, enquanto Forte fala sobre as expectativas, ficou para Sérgio Novais tratar dos questionamentos mais polêmicos. Sobre a possível coordenação da legenda no Ceará passar para Danilo, Novais revelou que o PSB a nível nacional está responsável para decidir sobre a questão e assegurou que o “PSB tem encontrado dificuldades “para Roberto permanecer, se não for na presidência. “É uma pena”, disse. Segundo Sérgio Novais, o partido tem buscado nesses últimos anos, sua independência do Governo e se reconstruir após grandes perdas, como a do ex-presidente do partido, Eduardo Campos, que faleceu em virtude de um acidente trágico. “Nesse sentido, elegemos alguns estados e capitais para reforçar o nosso crescimento e um dos principais estados está o Ceará, na medida que novas lideranças como Danilo e Heitor acenam para a direção nacional para fortalecer a sua bancada e fortalecer o projeto político para Fortaleza”, pontuou.