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Cortes podem chegar aos estados - QR Code Friendly
Quarta, 26 Agosto 2015 04:11

Cortes podem chegar aos estados

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O deputado Zé Ailton Brasil acredita que o Governo Estadual vem fazendo a lição de casa e reduziu os cargos comissionados O deputado Zé Ailton Brasil acredita que o Governo Estadual vem fazendo a lição de casa e reduziu os cargos comissionados ( FOTO: THIAGO GADELHA )
  A notícia de redução de 39 para 29 ministérios do Governo Federal foi recebida com aprovação pelos deputados estaduais cearenses ao avaliarem que a medida é tardia diante da necessidade de arrocho nas contas públicas. Alguns parlamentares defendem um corte maior dos cargos comissionados, destacando que as gestões estaduais podem seguir essa tendência. Para Ely Aguiar (PSDC), com o corte das pastas federais, o Governo atende a uma demanda há muito tempo cobrada pela população, argumentando que muitos ministérios foram criados para cumprir a acordos políticos, como moeda de troca com lideranças políticas aliadas. O deputado Ely Aguiar afirma que o governador Camilo Santana elevou impostos e tarifas de serviços públicos para a população, mas não reduziu o número de secretarias estaduais. "Fomos na contramão e, agora, queremos saber qual alternativa o governador vai encontrar para reduzir a máquina. A população vai começar a cobrar", disse. Desacertado Na avaliação de Silvana Oliveira (PMDB), os cortes nos ministérios ocorrem em momento "desacertado" do Governo, alegando que muitas dessas pastas nem deveriam existir. "Ela (Dilma) vai entrar para a história como a presidente que mais criou ministérios, o que demonstra o abuso com aquilo que é público", reclamou a parlamentar. A peemedebista ressaltou que secretarias foram criadas pelo Governo Camilo Santana de forma desnecessária, apenas para acomodação política. Já Roberto Mesquita (PV) defendeu que a atitude da presidente Dilma deve servir de exemplo aos governos estaduais. "Se dizia que a situação estava a mil maravilhas e, agora, a presidente está fazendo justamente aquilo que disse contra a então candidata Marina Silvana", apontou. Ele defendeu que a pauta não deve ser usada como agenda política para tirar o foco da crise. "A presidente toma essa decisão tardiamente, mas esperamos que ela saia da condição de presidente zumbi", ironizou. O deputado Sérgio Aguiar (PROS) também se posicionou favoravelmente à medida, mas opinou que o Ministério do Turismo não deveria sofrer baixa, considerando a relevância da pasta para a economia brasileira. Conforme destacou, a presidente sinaliza que quer diminuir o custo excessivo da máquina pública de forma tardia, mas necessária. "O pesadelo de 2015 está sendo muito grande, e ela (Dilma) tem que ver quais ministérios têm afinidade entre si e aglutiná-los. Há atualmente a necessidade de se fazer um enxugamento da máquina, de 39 ministérios para 29", defendeu. Para Zé Ailton Brasil (PP), essa medida poderia ter sido feita antes, reforçando ser inadmissível o Governo possuir quase 40 ministérios. "Não se deve diminuir apenas os ministérios, mas os cargos comissionados. Esses deveriam ser direcionados, principalmente, para aqueles funcionários de carreira", apoiou. Comissionados O deputado acredita que o Governo Estadual vem fazendo a lição de casa e diminuiu os quadros da gestão local com a redução de cargos comissionados. De acordo com Manoel Santana (PT), a redução de ministérios é uma medida que foi defendida há meses, inclusive pela oposição. "Toda vez que se fala em crise, defende-se também a redução de gastos públicos, inclusive gastos importantes para o social", alegou. Segundo Duca, o Governo relutou em fazer os cortes, porque corre o risco de se criar um desentendimento político. "Essa redução é aceita de forma geral porque é importante para o equilíbrio do País", alertou. A deputada Rachel Marques (PT) afirmou que a redução dos ministérios não é uma boa saída, justificando ser defensora de um Estado mais forte. No entanto, a petista declarou que essa decisão foi a saída necessária que o Governo encontrou para diminuir os efeitos da crise. "O Governo está buscando cortar na própria carne para enfrentar a crise, que é internacional. Por isso temos que apresentar medidas de combate a ela. O que esperamos é que isso não venha reduzir as prestações dos serviços públicos à população. Mas acho que veio no tempo correto para enfrentar a crise da melhor forma possível", opina.
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