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Dificuldades frustram os novatos - QR Code Friendly
Segunda, 13 Julho 2015 04:27

Dificuldades frustram os novatos

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  As dificuldades de subir à tribuna, a falta de celeridade no avanço de alguns projetos, o cenário conturbado neste início de legislatura e até a queda de braço com o partido que representam provocaram frustrações a alguns dos deputados federais cearenses ao longo desse primeiro semestre de mandato na Câmara dos Deputados. Os parlamentares, no entanto, acreditam que todos esses obstáculos fazem parte do processo de aprendizagem e asseguram que a experiência garantida a cada dia tem os ajudado a superar cada um desses desafios. A bancada cearense na Câmara Federal é formada, na atual legislatura, por oito parlamentares que ainda estão no exercício do primeiro mandato como deputado federal. Desse total, os deputados Cabo Sabino (PR), José Macedo (PSL), Odorico Monteiro (PT) e Moses Rodrigues (PPS) ocupam pela primeira vez um cargo no Legislativo. Já Adail Carneiro (PHS) passou alguns meses na Assembleia Legislativa, enquanto Ronaldo Martins (PRB) ficou por doze anos. Luizianne Lins (PT), antes de ser prefeita de Fortaleza, também foi deputada estadual e vereadora de Fortaleza. Por último, Vitor Valim (PMDB) também teve uma passagem pela Câmara Municipal da Capital. O deputado Cabo Sabino ressalta que a concorrência direta com mais 512 parlamentares disputando maior espaço de destaque transforma a adaptação à Câmara num cenário de mais dificuldade. "Mas eu tenho me adaptado bem, tenho conseguido fazer com que os projetos caminhem bem nas comissões", alegou o parlamentar. Cabo Sabino aponta que acompanhar o ritmo da Câmara foi outro obstáculo enfrentado por ele nesse primeiro semestre do mandato. O parlamentar revela que a velocidade das votações ampliam o riscos de o deputado votar determinado projeto sem sequer conhecer o teor da matéria em análise. "Às vezes chega um projeto à tarde para a gente votar a noite. Se não tomar cuidado, acaba votando sem saber o teor", destacou. Cenário O cenário difícil presente na Câmara neste início de legislatura é outra surpresa para o deputado Cabo Sabino e o ambiente tem atingido a relação dele com a legenda. O parlamentar reconhece que tem enfrentado obstáculos para se entender com o partido que ele representa no Legislativo Federal. O deputado quer se comportar como oposição à gestão da presidente Dilma Rousseff, enquanto o PR cobra uma postura de mais alinhamento à base aliada. "É um cenário terrível, principalmente para aqueles que são base do governo. O PR hoje faz parte da base do Governo e cobra que a gente se comporte com base. O problema é que isso gera uma animosidade entre a gente e o partido. Agora eu acho que, no momento em que o Brasil vive, era melhor ser um partido de oposição, mas vamos administrando isso", pontuou. Apesar de reconhecer todas as dificuldades, Cabo Sabino tenta justificar a importância de ele estar na Câmara Federal para dar força à atuação em defesa dos interesses da categoria de policiais militares, civis e bombeiros. "A gente consulta sempre a categoria e estamos nos posicionando de acordo com os interesses dela", ressaltou. Cabo Sabino apresentou 16 projetos nessa legislatura e ele destacou como principal uma proposta de emenda à Constituição para a criação de uma carga horária para policiais e bombeiros. "Isso existe somente em quatro Estados, enquanto o resto trabalha em regime de escala." O deputado Ronaldo Martins afirma que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas na Câmara Federal, a participação na votação da proposta de redução da maioridade penal fez o primeiro semestre do mandato valer a pena. "Acho que foi um momento histórico e é algo que ficará marcado", avaliou. Desmotivação Ronaldo Martins lista, porém, as frustrações enfrentadas na Câmara dos Deputados. O parlamentar destaca que todos os novatos que chegam à Casa relatam a desmotivação ao ver projetos parados há mais de 20 anos. "Isso desmotiva quem está chegando agora, porque é bem possível terminar o mandato sem ver o avanço de nenhum projeto", reclamou o deputado. O parlamentar ressalta que a dificuldade para subir à tribuna também incomoda e lamenta o fato de alguns deputados terminarem o mandato sem conseguir espaço para falar durante o Grande Expediente. "No Grande Expediente são apenas dois que se pronunciam e é por sorteio. Eu já fui sorteado para falar no dia 8 de agosto, para um tempo de 25 minutos. Mas existem deputados que terminarão o mandato sem ser sorteados para subir à tribuna. O espaço acaba sendo destinado mais para os líderes, mas um dia eu chego lá", frisou. Após o primeiro semestre na Casa, Ronaldo Martins frisa que aprendeu a acompanhar melhor o ritmo das votações. "No plenário, o barulho é muito grande e você tem que ficar vidrado com a movimentação da Mesa Diretora se não acaba votando sem entender o que está votando", esclareceu o parlamentar. O deputado Adail Carneiro afirma que esperava um cenário bem mais tranquilo nesta passagem pela Câmara Federal, mas o parlamentar já foi alvo até de protesto em embarque para Brasília no Aeroporto Internacional Pinto Martins. "Eu imaginava um cenário de maior tranquilidade, mas a avaliação de todos é que nós estamos vivendo um ano atípico. O presidente conseguiu desenterrar várias matérias e isso está tumultuando. Ainda tem o cenário de dificuldades econômicas", explicou. Adail Carneiro minimizou, porém, as dificuldades relatadas pelos outros parlamentares ao justificar que o uso da tribuna não lhe interessa tanto. "Eu não sou aquele deputado midiáticos, atuo mais nas comissões. Isso eu já me dou por satisfeito. Como sou vice do partido, nosso líder é quem mais usa tribuna. Não tenho encontrado tantas dificuldades como muitos colocam nesse sentido", explicou. O parlamentar também comemorou o fato de, no primeiro semestre, um projeto de Lei apresentado por ele já tenha sido aprovado na Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor. A proposta determina a inclusão da data de vencimento dos produtos no código de barra utilizado nos caixas de pagamento. Alan BarrosRepórter
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