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Audiência discute crise na Santa Casa - QR Code Friendly
Terça, 09 Junho 2015 06:05

Audiência discute crise na Santa Casa

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  A situação dos hospitais filantrópicos e santas casas do Ceará foi discutida, na manhã de ontem, durante audiência que aconteceu na Assembleia Legislativa de Fortaleza, por meio da Comissão de Seguridade Social e Saúde. Na ocasião, o provedor da Santa Casa de Fortaleza, Luiz Marques, informou que muitos dos serviços e leitos contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na instituição, por meio da Prefeitura de Fortaleza, encontram-se ociosos pelo repasse insuficiente de recurso e pela falta de encaminhamento dos pacientes. “Oferecemos leito de retaguarda para os hospitais de Fortaleza e do Ceará. Mas a maioria não é ocupada. A demanda, nós sabemos que existe”, disse. Segundo Luiz Marques, só para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Instituto Doutor José Frota (IJF), a Santa Casa oferece 21 leitos de retaguarda, para cada hospital. Desses apenas sete a oito leitos estão ocupados hoje. “A taxa de ocupação não chega a 21%. Temos oito leitos para nefrologia quase todos desocupados e ainda temos estrutura para realizar cirurgias de alta complexidade em ortopedia”, afirmou. Atualmente, a Santa Casa atende cerca de 900 pacientes por dia. Resposta Em resposta, o coordenador de Hospitais e Unidades Especializadas da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Francisco Alencar, garantiu que serão adotadas providências para evitar a ociosidade dos leitos. “Ele se mostrou surpreso em saber que o HGF não estava mandando os pacientes para os leitos da Santa Casa. Mas, sinalizou que, a partir de hoje, já iria mandar os pacientes diabéticos”, falou o provedor Luiz Marques, que avaliou a audiência como positiva. “Foi mais uma tentativa de resolver o problema da saúde. Dos 36 hospitais filantrópicos existentes hoje no Estado, 26 estavam presentes na reunião. Portanto, foi positivo, até porque foi dada uma série de providências a serem tomadas pelo Estado e Município. O convênio existe e o dinheiro está reservado para o uso dos leitos. Essa ocupação interessa a Santa Casa e aos pacientes”, ponderou. No entanto, o provedor explicou que a Santa Casa tem restrições para receber qualquer tipo de pacientes. Motivo pelo qual não seria só esta a solução para acabar, de vez, com os pacientes internados nos corredores dos hospitais. “Evidente que há restrições. Tem muitos pacientes que estão no HGF que precisam de UTI. Esses não podemos receber, assim como gestantes. Não atendemos certos casos”, falou. O presidente da Federação das Misericórdias e Hospitais Filantrópicos, padre Francisco Menezes, informou durante a audiência, que o setor possui um endividamento de R$ 15 bilhões.
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