Agressividade injustificadaA formação das Comissões Técnicas da AL, que poderia ser tranquila para o presidente José Albuquerque, gerou desagradável polêmica, com a indicação da deputada Dra. Silvana (PMDB), para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. O presidente Zezinho deseja manter uma boa convivência com o PMDB, hoje na oposição. Conhecida a indicação, houve reações de vários setores, alegando-se que a deputada, que é evangélica, é contra os casamentos entre homossexuais, assim como é a favor da diminuição da idade penal. No caso das uniões homoafetivas, a maioria da sociedade vê como aberração da natureza; no segundo caso, a sociedade também acha necessária; o País está cheio de jovens criminosos de alta periculosidade. Mas o detalhe lamentável em relação a essa discussão é a agressividade do deputado Ivo Gomes (Pros), hoje titular da Secretaria das Cidades, ao se referir à deputada. No conhecido estilo dos irmãos Ferreira Gomes, Ivo achacou-a de “homofóbica” e “evangélica fundamentalista”. Essa atitude gerou um desconforto entre deputados e quem mais conhece aquela deputada, que é médica humanitária e pastora evangélica, afável, inclusive no âmbito do parlamento, onde age sem fanatismo religioso, e onde cultiva amizades entre todos que dela se aproximam. “Não sou fundamentalista; fundamentalistas matam pela sua fé, e nem sou homofóbica, pois desejo, na CDHC amparar a todos, inclusive homossexuais”, diz ela, que acrescenta: “O casamento gay já é lei, mas qualquer um tem direito de ser contra”. Por fim, a deputada dá por encerrado o episódio, afirmando que de sua parte não haverá confronto com o secretário Ivo.
A propósito... a deputada Dra. Silvana havia dado preferência à Comissão de Saúde, que viria a calhar para ela. Mas o PMDB optou pelo deputado Carlomano.