O que esperar da “nova” AL-CE?
• O início de um novo período governamental, apesar dos poucos avanços, em termos de produtividade, com as limitações impostas pela Constituição aos legisladores, traz sempre alguma esperança de que teremos dias melhores em relação àquele poder. Para quem torcia por uma boa renovação, a Casa terá 22 novatos, praticamente metade do Plenário. Mas, há ainda dúvidas sobre como se comportará aquele poder. No setor em que mais poderia mudar, ou seja, a composição das bancadas governista e de oposição, não haverá mudanças significativas, uma vez que a diferença numérica entre elas permanecerá em quase quatro deputados contra um, com a predominância tranquila da maioria. Outro ponto bastante discutível é que tipo de atuação terá a bancada oposicionista, e que poderá chegar ao máximo a 15 parlamentares. Isso porque, devido à situação política no âmbito federal, é difícil de acreditar que a bancada contra o governador Camilo possa chegar a atacá-lo de forma radical, situação que se explica devido a um fator mais do que claro: quase toda a Casa é composta por dilmistas. Assim, o grupo de adversários mais ferrenhos mesmo não passa de três ou quatro. Outro aspecto, mais ligado ao senador Eunício Oliveira (PMDB), é a determinação deste, de que a oposição sob a sua orientação, em vez de partir para o confronto, optará por uma atuação mais propositiva. Mas aqui já entra outro tipo de questionamento. Com a excelente votação da chapa liderada pelo PMDB, principalmente em Fortaleza e RMF, torna-se imperativo que a bancada a ela ligada, tenha também uma atuação, capaz de capitalizar os resultados de outubro deste ano. O que não impedirá que o futuro governador Camilo venha a governar sem muitos atropelos.
Indicação - Surpreendendo petistas, que andavam “cismados”, a primeira indicação do governador eleito Camilo, é o ex-presidente do partido, arquiteto Joaquim Cartaxo, para o Sebrae.
Ameaça - Para o deputado Fernando Hugo (SD), a AL deveria encabeçar mobilização dos demais legislativos estaduais contra a aprovação pelo Congresso, da mudança na LDO, ao governo federal total liberdade de gastanças, caminho inevitável para quebrar o Brasil.
Mau exemplo - A Assembleia Distrital decidiu que deputados distritais somente terão seus mandatos cassados, depois de terem sido condenados em definitivo pela Justiça.