Com o objetivo de fortalecer o grupo que pretende fazer oposição ao Governo de Camilo Santana (PT) nos próximos quatro anos, treze deputados estaduais realizaram uma reunião na última terça-feira (11) para acertar detalhes a respeito da participação dos membros na Mesa Diretora e nas comissões da Casa, bem como a postura a ser assumida durante o mandato. De acordo com Danniel Oliveira (PMDB), o bloco, que reúne sete partidos, ainda tem perspectiva de crescimento.
Além dos seis representantes do PMDB na Casa (Agenor Neto, Audic Mota, Danniel Oliveira, Dra. Silvana, Carlomano Marques e Walter Cavalcante), também integrarão o bloco os representantes do PR (Capitão Wagner e Fernanda Pessoa), João Jaime (DEM), Ely Aguiar (PSDC), Roberto Mesquita (PV), Carlos Matos (PSDB) e Tomaz Holanda (PPS). Segundo Danniel, o grupo se reunirá novamente, da próxima vez com os senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB).
Embora Danniel e João Jaime tenham afirmado que o grupo assumirá uma posição de "independência" e "oposição" ao Governo, Ely Aguiar negou a definição da postura. "O assunto do grupo dos treze foi o fortalecimento para discutir posições na Mesa Diretora e nas comissões. Foi só isso. Com relação a oposição, o grupo terá futuramente uma reunião com o Tasso e com o Eunício para ouvir deles algumas ponderações. Mas assim, de 'vamos fazer oposição ao Camilo', não (se falou)", apontou.
Comissões
Segundo os três parlamentares, nenhum nome ou cargo que eles venham a pleitear na Casa foi definido, ponderando que vão respeitar a proporcionalidade de representação dos blocos na Mesa e nas comissões. "Houve um consenso de que, se o candidato for o Zezinho Albuquerque (PROS, atual presidente), o grupo votará em Zezinho. Nós não vamos nos opor", afirmou Aguiar. "Agora, o grupo vai discutir posições na Mesa".
Conforme o regimento, o bloco teria direito a postular duas posições na Mesa, que é composta por dez cargos (sete titulares e três vogais). De acordo com Danniel, o grupo ainda não definiu se defenderá candidaturas aos cargos da Mesa ou se apoiará uma candidatura única. "A tendência é o apoio, mas pode acontecer de ter candidatura. Vamos procurar aquele que vai se adequar mais à situação, sem ser um sorteio", apontou.