O candidato ao Governo do Estado do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), repercutiu o pedido da Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (PRE-CE), que requereu, na última segunda-feira (13), o envio de tropas da Força Nacional de Segurança, tendo em vista as denúncias que partiram tanto do governador Cid Gomes (Pros) como de seu adversário político, o vereador e deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR), sobre a atuação “incorreta” da polícia durante o primeiro turno da eleição, no dia 5 de outubro.
Ao cumprir agenda de campanha na região Norte de Fortaleza, no bairro Álvaro Wayne, Eunício negou qualquer relação com o acirramento entre Cid e Capitão Wagner. “Eu quero deixar claro que essa disputa não é minha. Eu não criei divergências entre as polícias. Eu, como governador, vou aproximar as polícias, para que o resultado final para a população seja a segurança pública”, disse.
O peemedebista, que esteve na semana passada em Brasília, onde se reuniu com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), para angariar mais apoios para o segundo turno no Ceará, também pediu à Executiva Nacional do partido, que entrassem com o pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que a Força Nacional viesse ao Ceará, a fim de que o segundo turno das eleições aconteça dentro na normalidade.
O candidato apontou uma série de denúncias de crimes eleitorais praticados, segundo ele, por correligionários e militantes da coligação adversária, “Para o Ceará Seguir Mudando”, de Camilo Santana.
“O governador [Cid Gomes] disse em alto e bom som dentro de uma delegacia [em Sobral], que só saia de lá quando concluísse a soltura de alguém que estava ferindo a lei e comprando voto nessas eleições”, afirmou Eunício ao citar o caso da prisão de Francisco Oliveira Braga, conhecido como Gaudêncio, vereador de Sobral, que foi detido na eleição, segundo a Polícia Civil, com R$ 1.400 e santinhos de candidatos da coligação defendida por Cid Gomes.
“Então, nada melhor, já que o governador disse que não controla mais a Polícia [...] Nada mais justo e mais correto do que vir a Força Nacional para o Ceará, para que a eleição seja livre, que não tenha a compra descarada de voto, como foi feito no primeiro turno. Estavam carregando dinheiro até dentro de ambulância”, acusou.
De acordo ainda com o candidato, até hoje, várias pessoas continuam presas no município de Granja, porque se recusam a fazer o depoimento delatando quem foi o chefe que mandou comprar votos. “Se depender da vontade do meu partido, o PMDB, se depender do candidato Eunício Oliveira, a Força Nacional vem para o Estado do Ceará como um todo, para que tenha a lisura do pleito”, pontuou, defendendo Capitão Wagner e ressaltando que o parlamentar não é um policial da ativa e não exerce seu poder de polícia durante a eleição.
Na caminhada, Eunício cumprimentou os moradores do bairro, ao lado de aliados políticos e líderes comunitários do local.