Camilo Santana (PT) aproveitou o segundo dia dessa nova fase da campanha para se dedicar à Capital e, de acordo com o petista, esse será o foco até a votação do segundo turno, no dia 26 de outubro. Ele deu continuidade, ontem, às atividades de campanha com uma visita ao Beco da Poeira e reconheceu que o problema da violência pode ter sido uma das razões para sua derrota em Fortaleza na disputa do primeiro turno.
"Acho que, na avaliação de resultado eleitoral, existem vários fatores. Acho que não dá para ratificar que é uma questão, duas, três. Claro que a questão de segurança deve ter sido. O meu principal adversário bateu muito nessa questão e é uma coisa que mexe muito com a população", reconheceu o petista.
Eunício Oliveira (PMDB) passou o dia em Brasília para participar de reuniões no Senado, retornando a Fortaleza na noite de ontem. Hoje, cumpre agenda na Capital, com a participação durante a noite num encontro com lideranças na sede do comitê.
Homicídios
Em entrevista ontem, Camilo Santana destacou que a atual gestão Cid Gomes estaria implementando uma série de ações voltadas para resolver o problema da violência, citando que o número de homicídios no Estado teria sido reduzido em 14%.
"Muitas vezes, o eleitor quer as ações de imediato. Se fala tanto de Pernambuco, com o Pacto pela Vida, e o atual secretário foi quem criou o Pacto pela Vida. E a partir desse ano, criou o Em Defesa da Vida. Inclusive, no último resultado", alegou o candidato.
Quanto à concentração de ações num ponto estratégico da Capital no segundo dia de campanha, Camilo destacou que a necessidade de gravar o horário eleitoral gratuito todos os dias vai exigir que fique mais em Fortaleza e Região Metropolitana.
O postulante do PT revelou que os programas transmitidos no horário eleitoral, que começa hoje, seguirão a estratégia do primeiro turno. "Vou começar meu programa eleitoral da mesma forma que fiz no primeiro turno. Uma propaganda propositiva, apresentando as propostas para os cearenses", relatou.
Camilo exaltou a eleição de 31 candidatos de sua coligação para a Assembleia Legislativa e afirmou que utilizará o argumento para atrair a atenção do eleitor para sua candidatura. "Um governante precisa ter a maioria do apoio na Assembleia Legislativa, porque qualquer medida que ele mande para a Assembleia tem que ser aprovada e ter apoio pela maioria da Casa", admite.
O candidato acrescentou ter recebido uma ligação da direção nacional do PT e do Instituto Lula parabenizando pelo desempenho no primeiro turno. "O presidente do meu partido está em Brasília (...) para avaliar e planejar quais serão as estratégias para a eleição da Dilma e dos candidatos do partido", pontuou.