A eleição do próximo dia 5 de outubro, que conta a participação de vereadores de Fortaleza e deputados estaduais na disputa, vem atrapalhando os trabalhos nas Casas Legislativas, levando ao esvaziamento das sessões, onde matérias de relevante interesse social estão deixando de ser discutidas e votadas. A justificativa é de que os parlamentares estão trabalhando em suas bases nos municípios e/ou fazendo campanha em Fortaleza ou Região Metropolitana. Ontem, por falta de quórum, a votação de matérias e projetos da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) teve de ser cancelada. Das 22 presenças necessárias para a votação ocorrer, apenas 12 vereadores registraram suas presenças no painel eletrônico. Vereadores como Dr. Adelmo (Pros), vereador Fábio Braga (PTN), Evaldo Lima (PCdoB), Deodato Ramalho (PT) e Acrísio Sena (PT) chegaram a usar a tribuna, ontem, no Pequeno Expediente. Entre as matérias que deixaram de ser apreciadas, está a de autoria de Acrísio, que institui no âmbito do município de Fortaleza, o Programa de Monitoramento do Uso Racional da Água, que deve ser desenvolvido sistematicamente nas seis Secretarias Executivas Regionais - SER e Secretaria do Centro, de modo a disseminar ações e programas voltados para a contenção do desperdício, estabelecimento de parâmetros para o gasto/unidade habitacional e desenvolvimento de projetos de cunho educativo contemplando um conjunto de medidas conscientizadoras e saneadoras com vistas à manutenção da média dos reservatórios que abastecem a cidade de Fortaleza. No último dia 4 de setembro, a baixa frequência de parlamentares na CMFor também derrubou a votação de projetos de leis oriundos do Executivo. ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Na Assembleia Legislativa, que vem funcionando em recesso branco, realizando apenas suas sessões plenárias às terças-feiras, a realidade vem sendo a mesma. De 100% da bancada, 82% buscam a reeleição, 9% disputam as cadeiras na Câmara Federal e 4% cargos majoritários. Há dois dias, por falta de quórum, a sessão na Casa foi cancelada. No plenário, apenas 10 parlamentares se encontravam, quando o mínimo é de 24 parlamentares para iniciar os trabalhos. No último dia 20 de agosto, a Casa também deixou de realizar seus trabalhos em razão da ausência de deputados.