Fortaleza, Quinta-feira, 28 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

Coluna Fábio Campos - QR Code Friendly
Quinta, 26 Dezembro 2013 06:56

Coluna Fábio Campos

Avalie este item
(0 votos)
Para 2014, mais de 2013 Finda 2013. Os 365 dias do ano que se vai apresentaram ao honorável público uma circunstância política que talvez nunca tenha sido experimentada. A saber: um grupo político, cuja cúpula tem origem na mesma cidade, controlando os dois principais orçamentos públicos do Ceará. No caso, o Governo e a Prefeitura. Deu-se na prática aquilo que a crônica política acostumou-se chamar de “hegemonia”. Cid Gomes, o governador, e Roberto Cláudio, o prefeito, pertencem a estruturas familiares com raízes bem fincadas em Sobral. O avô do prefeito e o pai do Governador foram amigos e aliados. Para o bem da análise, deve-se considerar também que o poder do grupo se estende ao mais absoluto controle da Assembleia Legislativa. Além da maioria que esmaga a minoria, o comando do Poder Legislativo está nas mãos da mesma região do Ceará. Mais precisamente em Massapê, terra de Zezinho Albuquerque, nos limites de Sobral. Não é uma hegemonia como na ditadura, quando o poder estava com o mesmo partido, que abrigava diversos grupos políticos, cada qual com seu líder. O poder de então, mesmo concedido de forma autoritária, era dividido e convivia com disputas internas duríssimas. Agora, concedido pela democracia do voto, o poder é exercido por um bloco com comando único, de características familiares, coeso, uniforme e sem disputas internas. Por se estruturar como uma família, o partido passa a ser apenas um detalhe. Um mero e burocrático detalhe. Mas, com quais características essa hegemonia política tão peculiar está exercendo o poder em Fortaleza e no Ceará? É preciso remontar há alguns episódios políticos para construir uma explicação. Chamou-nos a atenção a forma pública como, em janeiro de 2011, Roberto Claúdio foi indicado para presidir a Assembleia Legislativa. Quem fez o anúncio aos deputados e ao distinto público foi o governador em pessoa. Ou seja, o Poder Executivo disse quem iria comandar o Poder Legislativo. Para que não sobrassem dúvidas, o anúncio foi feito a partir de uma sala abrigada na área da residência oficial. Embora com maiores cuidados na aparência, a indicação de RC para disputar a Prefeitura de Fortaleza e, posteriormente, a escolha de Zezinho para o comando da Assembleia se deram dentro do ritual político que caracteriza o grupo comandado por Ciro Gomes. Mas, tão importante quanto a maneira como o poder foi ocupado é a forma como é exercido. Nesse ponto, nada melhor que um episódio bem recente: o percentual de reajuste dos servidores públicos no âmbito do Estado e da Capital. Em estruturas de poder diferentes, com contas não semelhantes e base de dados desiguais, o mesmo percentual de 5,7% foi concedido aos servidores da Prefeitura de Fortaleza e do Estado do Ceará. É como se o município fosse uma extensão do Estado. Poderia ter sido um décimo de diferença para cima ou para baixo, mas a decisão de conceder reajustes idênticos respeita a uma linha política que foi estabelecida. A saber: o bloco é concreto, sem ranhuras, e assim deverá permanecer. É evidente que as escolhas políticas para o ano eleitoral também vão refletir o mesmo conceito. A meta a ser alcançada é a seguinte: manter a aliança que hoje sustenta um e outro ao mesmo tempo em que se buscará um candidato ao Governo que seja da mais absoluta confiança da família.
Lido 2385 vezes
Mais nesta categoria: « Coluna Política Fala, cidadão »

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500