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Professor cobra recursos - QR Code Friendly
Quarta, 04 Dezembro 2013 04:55

Professor cobra recursos

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Deputado Teodoro defende a instituição de uma taxa a ser cobrada dos bancos, para melhorar o financiamento da educação brasileira Deputado Teodoro defende a instituição de uma taxa a ser cobrada dos bancos, para melhorar o financiamento da educação brasileira FOTO: KID JÚNIOR
  Para o deputado Teodoro, além de uma distribuição desigual, o ensino médio é quem mais está sofrendo O deputado Professor Teodoro (PSD), em seu pronunciamento na Assembleia, ontem, lembrou o seminário realizado na segunda-feira passada, no próprio Legislativo estadual, que tratou da discussão sobre os recursos para a Educação no Brasil. Segundo ele, é necessário que mais investimentos sejam destinados para a área, e uma das sugestões é taxar o sistema bancário, um dos mais rentáveis no País. Ele reclamou também da diferença na distribuição desses recursos para a Educação, pelo Governo brasileiro, onde o ensino superior é beneficiado até cinco vezes em relação ao ensino médio. "Os recursos naturais do País devem ser direcionados para a melhoria das condições de vida da população. O Congresso aprovou a destinação de 75% dos recursos do pré-sal para a Educação e o segundo Plano Nacional da Educação (PNE) já contempla os investimentos públicos da Educação em um décimo", ressaltou. Fontes Teodoro lembrou ainda que o ideal, segundo os relatores do PNE, é que o cálculo abranja apenas aquilo que é investido na educação pública. Para o parlamentar, é importante buscar outras fontes de financiamentos para fazer frente às principais demandas nacionais, visto que o próprio ministro da Educação, Aloísio Mercadante, avisou que o Campo de Libra (pré-sal) só terá condições para distribuir tais recursos a partir de até dez anos, quando realmente já conhecermos a sua produção. "A minha preocupação é causar mais equidade. A União provocou desigualdades em sua distribuição ao longo dos anos. Enquanto o Ceará tinha apenas uma universidade federal, estados do Sudeste tinham pelo menos oito", afirmou. O deputado defendeu também que a distribuição deva ser feita para beneficiar, principalmente, os estados mais necessidades da Federação, com a finalidade de coibir a chamada "injustiça distributiva". Teodoro voltou a defender que o maior gargalo da Educação no Brasil é o ensino médio, onde somente 50% dos jovens concluem seus estudos. Em relação ao ensino superior há outro descompasso, segundo disse, onde há investimentos maciços, em detrimento ao que ocorre na educação básica brasileira, o que culmina em uma educação de qualidade baixa. Ele defendeu que taxas fossem criadas para as unidades financeiras, como os bancos, que têm lucrado bastante ao longo dos últimos anos, e podem ajudar a obter mais recursos para a Educação. "O gasto por aluno no ensino superior é cinco vezes maior do que o do ensino médio. Com isso, nós devemos mudar essa situação, porque só esses recursos são suficientes. Temos que buscar outras fontes, como taxar a renda", afirmou. Escolas regulares Ainda na sessão ordinária de ontem, o deputado Professor Pinheiro (PT) destacou o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e lembrou que o número de pessoas com deficiência é muito significativo, sendo atualmente 10% da população mundial. Ele abordou ainda a importância da inclusão das crianças com deficiência nas escolas regulares e ressaltou que desde 2004 existe a busca por essa integração, mas ainda não realidade plena. "É um passo importante para quebrar o preconceito de que as crianças ditas normais passem a ter mais sensibilidade", disse o petista. Segundo destacou, ainda existe uma relação direta que entre a pobreza e a deficiência. "O percentual aumenta para 20% entre os pobres. Muitas vezes as mães não têm condições de fazer exames de rotina e não são tratadas de forma adequada na hora do parto. Se formos falar dos meninos e meninas de Rua, o percentual é ainda maior", lamentou. Ele também discorreu sobre Rede de Educação Cidadã (Recid), que completa dez anos em 2013. A entidade cuida de populações excluídas como indígenas, negros, jovens e mulheres, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria. A organização utiliza o método Paulo Freire de ensino onde o professor não é detentor do saber e sim troca experiências com o educando.
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