Uma coisa é uma coisa, outra coisa é... quase a mesma coisa
• Um cidadão dono de um restaurante lá nas proximidades de Jijoca, se acha prejudicado porque seu restaurante Azul do Mar, na Praia do Preá, recebe pouca gente tendo em vista a estrada que liga a CE85, que vai de Cruz a Jijoca, àquela praia, que tem 12 quilômetros de terra batida. É uma piçarra de razoável qualidade. O homem, querendo alavancar os seus negócios, eis que reclama porque o povo da Cruz não vai comer na sua casa de pasto, botou na cabeça que tem que arrumar um asfalto pro caminho. A coisa foi parar nas mesas do Governo do Estado. Numa delas, a do Secretário de Turismo, há uma defesa, sim, de que melhorar o tal acesso gera mais desenvolvimento e atende a demanda da população. Na outra ponta, na mesa do Chefe da Casa Civil, a reação é imediatamente inversa; “...é pensamento de político e empresário oportunista e idiota”. Como o assunto foi parar nas tribunas da Assembleia Legislativa e deputados opinaram, meto eu cá o meu bedelho. Um disse que era sim, pra fazer asfalto defendendo a tese do Turismo. Outro, foi a favor pela metade, a mesma metade que esta coluna esposava ouvindo pelo rádio o desempenho dos deputados. Precisa melhorar o acesso? Vamos melhorar. É obrigado ser asfalto? Peraí!!! Né assim, não. Botar asfalto ali é começar um processo de degradação da área, o que não impede que se façam 12 quilômetros de calçamento, de estrada de paralelepípedo, como o que há na mesma região, logo depois de Cruz e a caminho de Jijoca. Um exemplo na cara do freguês. Nem tanto ao ar, nem tanto à terra, até porque galinha do olho torto procura o poleiro cedo.