Deputado Hermínio Resende, do PSL, está aguardando orientação do governador Cid Gomes para saber se sairá do partido para se filiar ao PROS
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Estão trocando de partido, no Legislativo estadual, além de filiados ao PSB, alguns de outras legendas
A saída de pelo menos nove deputados estaduais do PSB com mandatos na Assembleia Legislativa cearense para uma nova legenda, abriu a possibilidade de outros parlamentares que estavam em dúvida quanto à saída de suas legendas para ingressarem em outros grêmios. Na Casa, alguns parlamentares já se articulavam, por insatisfação com suas atuais filiações, um novo partido e prometem seguir o governador Cid Gomes em seu intento de fortalecer uma nova agremiação.
As configurações do Legislativo estadual também mudarão com a saída desses nomes e o PSB será o mais prejudicado, pois dos dez nomes e maior bancada da atualidade, perderá nove, e passará a ser um dos partidos com menor representação, ao lado de PCdoB, PSDC, PTB, PTdoB, PTN, PR, PHS e PMN, cada um com apenas um deputado. Já o PRB, que perdeu espaços na Assembleia quando do retorno de secretários para a Casa, obrigando a saída de Mailson Cruz e Ana Paula Cruz, poderá ficar menor ainda no Legislativo, com a saída de Manuel Duca para outra legenda. Os dois suplentes também irão para o novo partido do governador.
De acordo com a assessoria de imprensa de Duca, ele seguirá as orientações do governador Cid Gomes, e se essa for a saída do PRB, que passou a ter postura mais independente no Legislativo, a legenda também terá somente um representante. Desde recente reunião com o governador em Brasília, o vice-presidente do PRB, Ronaldo Martins, afirmou que a agremiação terá postura de independência e chegou a estar no encontro que convidou Heitor Férrer (PDT) para candidatura de oposição ao candidato de Cid Gomes.
O PSL poderá ficar sem nenhuma representação, caso a determinação de Cid Gomes seja para que o único nome do partido, Hermínio Resende (PSL), siga para uma das novas legendas que surgiram. "Eu sou da base aliada do Governo. Vou conversar com o governador e com o presidente do partido e seguirei a orientação deles. Se eu achar que devo ir para essa nova legenda, a gente acompanha a decisão", disse Resende.
Peemedebistas
Já o PMDB, que até o meio do ano tinha sete deputados, pode terminar 2013 com apenas três quadros. Segundo informou a assessoria de Lucilvio Girão é dado como certa a sua saída dos quadros da legenda. Outro peemedebista que avalia tal possibilidade é o deputado Neto Nunes, que, no entanto, espera que o senador Eunício Oliveira seja o nome escolhido por Cid Gomes para disputar as eleições de governador no próximo ano.
"Por ora sou do PMDB e apoiarei o candidato apoiado por Cid Gomes. Nós ainda estamos conversando, mas se o candidato apoiado pelo Governo for do PMDB, eu permaneço no partido. Hoje eu não vejo o PMDB com um candidato de oposição e a grande maioria do partido também tem esse pensamento", disse Neto Nunes, afirmando que ele, assim como Lucilvio Girão, o vice-governador Domingos Filho e o deputado federal Paulo Henrique Lustosa também têm tal compromisso com a gestão do governador Cid Gomes.
O líder da legenda na Casa, Danniel Oliveira, disse que há uma resolução da executiva nacional do partido, visando o questionamento da saída de qualquer peemedebista da sigla. Segundo disse, em conversas com os peemedebistas do Legislativo Estadual, não percebeu motivos para a saída deles do partido.
O PSDB, atualmente com três deputados na Assembleia, poderá também ser outro a perder um de seus representantes. Isso porque há uma possibilidade de o deputado Fernando Hugo deixar a sigla para seguir orientação da liderança do governador Cid Gomes.
O parlamentar disse ao Diário do Nordeste que aguarda um posicionamento do ex-senador Tasso Jereissati até o próximo domingo, quando ele deverá se manifestar sobre seu futuro político. "Mas eu estou conversando com pessoas que me dão valor, que valorizam e reconhecem em mim o deputado que sou".