O deputado Dedé Teixeira (PT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, para falar do programa Bolsa Família. Lançado no primeiro mandato do presidente Lula, o Bolsa Família completa uma década no mês que vem. O objetivo anunciado era reduzir a pobreza e a desigualdade social, com a transferência direta de dinheiro às famílias miseráveis. O programa, de fato, contribuiu para essa melhora, mas, obviamente, não foi o único responsável pelo bom resultado.
Segundo o parlamentar, representantes do governo realizarão nos próximos dois meses uma série de audiências públicas sobre o Bolsa Família. Em Fortaleza, a discussão ocorrerá no dia 20 de novembro. Dedé Teixeira lembrou, também, que o benefício social mudou a cara do Brasil, Segundo ele, propiciou que 50 milhões de famílias passassem a viver com dignidade, ressaltando, ainda, que para implantar o Bolsa Família foi preciso enfrentar críticas, como as de quem chamava o programa de “bolsa esmola”.
TRANSFERÊNCIA DE RENDA
Dedé Teixeira lembrou que, durante a última década, o Bolsa Família foi ampliado e aperfeiçoado, e, hoje, é o maior programa de transferência de renda do mundo. Somente o Nordeste representa 62% dos beneficiários. O Ceará representa 2,125 milhões de pessoas beneficiadas pelo programa. Por ano, são investidos quase R$ 24 bilhões no programa, com média de R$ 216 para cada beneficiário.
Além de retirar as famílias da pobreza, o Bolsa Família incentiva cerca de 700 mil beneficiários a estarem matriculados no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego) Brasil Sem Miséria. E destacou ainda que, atualmente, o principal desafio é a inclusão das “famílias invisíveis”, “por isso a insistência do Governo para com as prefeituras”.