Vocação para a modernidade Há um clima de tensão entre as lideranças políticas e empresariais do Ceará que formam o bloco do governador Cid Gomes, hoje, um dos mais sólidos do Nordeste. Isso, diante da insistência com que ele vem anunciando o propósito de ir trabalhar no Banco Mundial, findo o mandato. Com isso, teria que ficar bastante isolado da política cearense. A propósito, Cid tem mostrado a sua vocação para praticar uma atividade política moderna e além dos limites do Ceará. Neste sentido, entre outras ações participou, como deputado estadual da Conferência Internacional de Assembleias Legislativas, nos Estados Unidos, e do Encontro de Jovens Políticos de Assembleias Legislativas, da Fundação Konrad Adenauer, em Berlim, Alemanha. Justifica-se, por outro lado, a preocupação dos cidistas em relação ao futuro do seu grupo, com ele distanciado do centro do comando. Outro aspecto em relação ao assunto, tem a ver com a frustração de alguns dos aliados mais fiéis, que sonhavam com a sua presença na disputa para o Senado-2014, para eles, uma verdadeira “barbada”. Mas, como não é surpresa para ninguém, Cid Gomes representa a imagem fiel do político contemporâneo, que entende a política bem além da questão partidária. Para ele, num mundo que se moderniza a cada hora, o político tem que acompanhar a velocidade dessa modernidade. Portanto, se confirmada a sua ida para a grande instituição bancária internacional, ganha ele, e ganha muito mais o Ceará. Com Cid lá na linha de frente da economia mundial, o governador que ele eleger em 2014 contará, logo de saída, com um “handicap” fundamental para a construção de grandes projetos no Estado. • Bananosa. Fala-se que dirigentes da nova sigla surgirá do PPS-PMN pretendem convidar o ex-deputado Gomes Farias para disputar o retorno à AL... • Interiorizando. Na AL, o deputado José Sarto (PSB), líder do governo, alia-se aos que defendem reuniões periódicas de Comissões Técnicas da Casa em cidades estratégicas do interior. • Descentralizando. Para o deputado Roberto Mesquita (PV), Comissões como da Agricultura e Pecuária, da Educação e da Saúde, produziriam mais trabalhando diretamente no interior do Estado.