Sublegendas, o retorno?• A maneira irresponsável como os estrategistas do Planalto estruturam o processo sucessório federal e estadual, leva-nos a fazer comparações entre o panorama político de hoje, e dos primeiros quatriênios pós-Revolução-64. Naquela época, como muitos estão lembrados, todos os partidos de direita do País amontoaram-se na Aliança Renovadora Nacional-Arena, para enfrentar a “ameaça esquerdista” liderada pelo ainda insípido, incipiente e inofensivo MDB, atual PMDB. Havia necessidade de saída para acomodar amigos dos líderes estaduais, mas inimigos entre si, no interior. A solução encontrada foi o infame sistema de sublegendas. Com isso, os governadores “biônicos”, ou seja, indicados e não eleitos, tinham a seu favor maiorias esmagadores na AL e Estado afora. Enquanto isso, antagonistas históricos, “entrincheirados” nas ridículas Arenas 1, 2 e 3, engalfinhavam-se em campanhas sangrentas pelas prefeituras. Até que se abrissem as “porteiras” para a criação de novos partidos acabando com as sublegendas, esse triste modelo prevaleceu. Hoje, com o Governo Federal tendo como esteio uma coalizão de mais de uma dezena de partidos, há o sério risco de retornarmos, mesmo por outros caminhos, àquela indesejável situação nos estados. Se colocarmos em discussão a sucessão estadual do Ceará, como exemplo, veremos uma situação similar à dos anos da Arena fatiada. Hoje, vemos “unidos” os três partidos mais fortes, que apoiam o Governo Federal - PT, PSB e PMDB – mas dispostos todos eles, a permanecer (PSB) ou ocupar o Palácio da Abolição, a situação não seria tão diferente. Serve, entretanto, para comprovar o que dizia o grande líder Virgílio Távora: “Onde se juntarem dois ou mais partidos, estarão todos querendo, a qualquer custo conquistar o poder”.
• Para especialista - Na AL, comentava-se, ontem, que a Secretaria da Segurança Pública não é para teóricos, mas sim, para policiais profissionais, conhecedores dos meandros da criminalidade.