Após primeira reunião da Comissão Especial da Seca, realizada na última segunda-feira, 11, parlamentares cobraram celeridade por parte do governo do Estado, soluções emergenciais para minoração dos efeitos da seca no interior do Estado. De acordo com o vice-presidente da Comissão, Roberto Mesquita (PV), uma das soluções, é a instalação de poços profundos, entretanto, ressaltou que o governo detém apenas de seis máquinas. “A sensação que se teve após a reunião, é de completo estado de imobilismo, em razão de que as pessoas estão mais preocupadas em mostrar números do que efetivamente resolver o problema”, declarou, salientando que, “no Estado, onde as pessoas estão com sede e com seu patrimônio sendo dizimado, precisa de uma solução urgente”. De acordo com Mesquita, em algumas localidades, soluções de imediato, não são as cisternas de placas, porque não há chuvas, mas a instalação de poços profundos. “O Ceará tem seis máquinas, sendo que duas estão quebradas. A Funasa tem quatro e ao questionar o diretor do Denocs, [Emerson Fernandes Daniel], quantas possuía, o diretor não soube dizer”, afirmou, chamando a atenção dos parlamentares. “Nós precisamos conversar, precisamos ter atitude, não podemos brincar com um assunto que só se sabe a gravidade, quem está sofrendo com a falta d’água, ou pela perda de seu patrimônio”. Em parte, o deputado Tin Gomes (PSH) afirmou que seria importante que a Comissão Especial da Seca organizasse uma visita aos órgãos responsáveis pelas máquinas, a fim de fazer um levantamento exato da capacidade e apresentar ao governador do Estado. MEDIDAS EMERGENCIAISO deputado Osmar Baquit (PSD) sugeriu que o governo do Estado comprasse máquinas de perfurar poços como medida emergencial para a estiagem no Estado. “Uma máquina de perfurar poços deve custar em torno de R$ 1 milhão. Se o Governo comprasse 100 máquinas dessas e distribuísse nas localidades mais carentes para perfurar vários poços, teríamos uma das soluções de urgência”, disse, salientando que a seca é constante no Estado e com a compra das máquinas de perfurar poços, o Governo teria um patrimônio. “A seca não é imprevisível, ela é previsível, portanto, temos que ter soluções antes de começar a causar danos”, afirmou. Em discordância, o vice-líder do governo na Casa, o deputado peemedebista Carlomano Marques, declarou ter sido o discurso de Mesquita “reducionista”, pois segundo ele, o problema da seca no Ceará e no Nordeste é muito mais complexas. “Nem a Transposição do Rio São Francisco teria a capacidade de resolver... Seria necessária, também, a transposição do rio Tocantins, a perenização dos grandes rios, entre outras grandes medidas, para reduzir os danos causados pela seca”, acrescentou.