O PSB quer se manter no comando da primeira secretaria, cargo da preferência de outros deputados cearenses Na próxima terça-feira, dia 4, os deputados da Assembleia Legislativa deverão eleger a nova Mesa Diretora que comandará a Casa nos próximos dois anos, os últimos da atual legislatura. De acordo com alguns parlamentares, as negociações para decidir quais partidos ocuparão os cargos devem ser finalizadas nesta semana, mas nos bastidores a notícia é outra, de que as vagas já estão definidas, faltando apenas uma para fechar o grupo. O cargo mais disputado da Mesa, no momento, é o de primeiro secretário, já que o posto mais importante, o de presidente da Assembleia, já foi definido quando o presidente da Executiva estadual do PSB e governador do Estado, Cid Gomes, validou o nome do deputado José Albuquerque (PSB). Para a primeira secretaria o PSB tem dois pretendentes: José Sarto e Sérgio Aguiar. Enquanto isso, um bloco formado por 12 partidos indica o nome de Tin Gomes (PHS) para a vaga, embora exista um trabalho para explodi-lo. O grupo formado por sete deputadas está reivindicando um vaga na direção da Assembleia. Ontem, quase todas elas estiveram reunidas com o deputado José Albuquerque defendendo a aprovação de um projeto de Resolução garantindo uma vaga na Mesa Diretora para uma pessoa do sexo feminino, mas nada ficou definido. No início das negociações para a eleição da Mesa Diretora, deputados do PSB afirmavam que o desejo do partido era manter os três cargos da Mesa, hoje, ocupados por eles: presidência, primeira vice-presidência e primeira secretaria. Sérgio Aguiar, porém, afirma que agora a sua legenda já cogita a possibilidade de abrir mão da primeira vice-presidência para, em troca, garantir a primeira secretaria. "Esperamos que prevaleça a tese de que o PSB possa indicar a 1º secretaria e deixar a 1ª vice para ser negociada", pontuou. Uma prova de que o PSB não desistirá da primeira secretaria é que Sérgio Aguiar e José Sarto estão conversando com os colegas de partido para ver quem tem maior apoio. Segundo Sérgio Aguiar, a orientação tirada da reunião da Executiva é a de quem tiver a preferência do partido na Assembleia, terá a vaga da primeira secretaria. Bloco Tin Gomes argumenta que o novo bloco formado por 12 partidos é grande o suficiente para garantir as principais vagas da Mesa Diretora, pois para a representação na Mesa, o Regimento Interno prega que seja respeitada a proporcionalidade das legendas e blocos com maior número de parlamentares. O parlamentar explica que, teoricamente, PSB e o novo bloco, por terem o maior número de deputados, 11 e 17, respectivamente, têm o direito de ocupar as quatro principais vagas da Mesa: presidência, primeira e segunda vice-presidência e primeira secretaria, bastando saber como essas cargos serão divididos. Tin Gomes lembra que o bloco tem direito a quatro vagas na Mesa: três titulares e uma vogal. Desses cargos, adianta, apenas um está acertado dentre os partidos que formam o novo bloco: Ely Aguiar (PSDC) deverá continuar como vogal. Os demais nomes cotados para assumirem funções na Mesa, além de Tin Gomes, é o deputado Manoel Duca (PRB), que atualmente é vogal, havendo somente um impasse sobre o quarto nome, se seria o do deputado Neto Nunes (PMDB), atual segundo-secretário ou Danniel Oliveira (PMDB). Já o PSDB, das duas vagas que tem hoje na Mesa Diretora, deverá garantir apenas uma. O partido possui dois membros como secretários: João Jaime e Téo Menezes, mas não conseguirá mantê-los nos cargos, já que perdeu boa parte dos deputados. No início da Legislatura eram sete, agora são apenas três. Comissão Segundo o deputado Fernando Hugo (PSDB), seu partido já fechou um bloco com o DEM, que tem apenas um parlamentar, deputado Idemar Citó, asseverando que João Jaime continue na Mesa Diretora. O deputado disse que sua intenção é permanecer como presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e como líder, agora do bloco PSDB e DEM, ficando a vice-liderança para Idemar Citó. Já o PT, que não possui vaga na Mesa, reivindica uma vaga. O deputado Dedé Teixeira (PT) diz que o fato de o partido ter eleito cinco parlamentares, assegura um cargo na Mesa. Ele garante que, até o momento, não ficou acertado qual vaga eles ocuparão, porém adianta ter colocado seu nome à disposição, assim como a deputada Rachel Marques (PT). Outro que também quer uma vaga é o PDT. Na semana passada, Ferreira Aragão (PDT) fez questão de ressaltar que seu partido também vai trabalhar para ter um lugar na Mesa, alegando ter sido prejudicado, na eleição passada, por um bloco formado pelo deputado Tin Gomes.