O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Ademar Mendes Bezerra, fez um balanço positivo do processo eleitoral de Fortaleza.
“Os dois candidatos se apresentaram muito bem, cada qual com a sua posição, e é claro que ninguém quer perder, todo mundo quer ganhar”. Ele salientou que, diferentemente no primeiro turno, quando os servidores do TRE dispersaram-se por todos os municípios do Estado, “neste segundo turno, toda a força pública estava centralizada na Capital”.
De acordo com o presidente, com essa concentração, foi “natural que houvesse uma fiscalização mais atuante em Fortaleza e isso elevou o número de ocorrências”. Ele ressaltou os esforços do Tribunal Regional Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral para a realização de um pleito sem grandes problemas. “Eram dois bons candidatos, e a população de Fortaleza escolheu Roberto Cláudio (PSB) para prefeito”, disse Ademar.
RecursosSobre denúncias de compra de voto e outros crimes eleitorais, o presidente do TRE disse que a Justiça Eleitoral acatará todo tipo de reclamação ou denúncia que traga provas concretas. “Todos os recursos foram julgados. Ninguém escondeu nada. Todo candidato que perde sempre tende a atribuir ao outro o cometimento de irregularidades. Se os abusos tiverem acontecido, nós temos o Ministério Público Eleitoral atuante e apartidário. Se existe a documentação comprovando irregularidades, que o adversário apresente-a para que seja levado ao conhecimento do Ministério Público Eleitoral e que se entre com uma ação.
Aqui, em Fortaleza, houve denúncias de ambas as facções e isso, de alguma maneira, é natural. É preciso que haja provas para constatar as denúncias, e se elas existirem e forem manifestas, que sejam apresentadas ao Ministério Público Eleitoral, que tem à frente um homem exemplar, o doutor Márcio de Andrade Torres, um exímio procurador, realmente muito preparado.
ProvasAinda sobre eventuais crimes eleitorais, Ademar Mendes disse que “se Elmano de Freitas (PT) acha que houve irregularidades, que ele apresente as provas perante o doutor Márcio Torres, que tomará as devidas providências. O que não se pode é abrir a boca e dizer que você é ladrão. Para que você diga isso, é preciso apresentar as provas, sob pena de responder a um processo criminal. Se se tem como comprovar as irregularidades, apresente-as que, se o Ministério Público julgar conveniente e achar que tem um fundo de verdade, certamente, haverá a apuração desses fatos”.