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Políticos cearenses rejeitam pacote de ajuste de Dilma - QR Code Friendly
Quarta, 16 Setembro 2015 06:18

Políticos cearenses rejeitam pacote de ajuste de Dilma

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  Repercutiu negativamente entre a classe política cearense, o anúncio da segunda parte do ajuste fiscal do Governo Federal para reequilibrar a economia do Brasil, onde trouxe 16 medidas, cortando R$ 26 bilhões de seus investimentos, em que uma das ações, por exemplo, adia o pagamento dos servidores federais, suspende concursos públicos, corta R$ 3,8 bilhões da saúde e traz de volta a CPMF e reduz programas como Minha Casa, Minha Vida. Para os parlamentares, o Governo Federal ainda não cortou da própria carne e os ajustes que penalizam apenas os trabalhadores, além de a crise está longe de ser sanada no País. Na Assembleia Legislativa, o deputado Roberto Mesquita fomentou o debate na Casa, ao levar o tema à tribuna. O parlamentar criticou a volta da CPFM, que terá a alíquota de 0,2% sobre qualquer operação financeira de crédito, vai retornar, mas não para impulsionar políticas públicas, como Saúde, onde era aplicado antes de ser extinta, em 2007, durante o Governo Lula. De acordo com o parlamentar, o novo imposto volta para “tapar” a farra do Governo sobre gastos indevidos dos recursos públicos. “A CPMF não é mais para a saúde, não é mais para os governos estaduais, para as prefeituras, é só para o Governo tapar o seu buraco, o seu rombo. Nós vamos pagar as farras. Passaram noites e noites farreando, bebendo e luxando, agora, trazem a conta para a gente dividir”, rechaçou. Segundo o parlamentar, não há nenhum cidadão brasileiro que se negue a contribuir para o orçamento do País, desde que seja por algum benefício concreto, o que não vem acontecendo na gestão da presidente Dilma Rousseff. “Há enganação. O Governo fala que vai bloquear R$ 26 bilhões do seu orçamento, bloquear o quê Presidente, se a senhora apresentou um orçamento devedor em R$ 30 bilhões? Se a senhora não tem como pagar aquilo que mandou como lei? A senhora fez uma lei que entrará para a história, um orçamento em que o Executivo pede que o Legislativo encontre receitas e corte despesas; o Legislativo passa a ser o Executivo nesse momento”, acrescentou. Descredibilidade Para o deputado Capitão Wagner (PR), o Governo não está cortando da própria carne. “O Governo federal a cada passo que dá, perde mais a credibilidade por conta dessas medidas”, avaliou, chamando atenção para que o Governo do Ceará reaja antes de a crise impactar de maneira mais negativa o Ceará. “O PIB já caiu o dobro do que caiu a nível nacional, e espero que o Governador tome alguma medida, antes que a crise se agrave no Ceará”, pontua. Discernimento O alerta do deputado federal Adail Carneiro, filiado ao PHS, é de que a crise ainda está no começo e muita coisa “ruim” ainda poderá ocorrer para maltratar a população brasileira com cortes de direitos e com aumento de salários. “Todo aumento de imposto, que complica mais ainda a vida do cidadão brasileiro, tem que ser analisado com muito cuidado pelo Congresso para que não ocorram mais falhas em cima das que já estão acontecendo”, pontuou, salientando que a Câmara Federal e Senado da República, não vão aprovar a volta da CPMF. Para o deputado federal tucano Raimundo Gomes de Matos, a presidente está botando o ministro [Joaquim Levy] para mentir. Isso, porque segundo o tucano, o ministro disse que conversou com os parlamentares a respeito da volta da CPMF, sobre consenso, e isso não aconteceu. “Está muito cedo para esse ministro ficar mentindo para o povo brasileiro, porque não existe consenso no Congresso para aprovar aumento de imposto”, condenou.
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