Você está aqui: Início Últimas Notícias Financiamento do SUS é destaque em sessão sobre Campanha da Fraternidade
Eliane Novais salientou o compromisso do Poder Legislativo em lançar, todos os anos, a Campanha da Fraternidade. “Neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acerta novamente ao promover o debate público de um assunto que, diante do cenário brasileiro, se torna urgente e suprapartidário”.
A deputada defendeu mais investimentos para a saúde, destacando os problemas de gestão e financiamento que acometem o SUS. Ela considerou, ainda, que o País deve “compreender a saúde numa concepção mais abrangente do que meramente a ausência da doença”, apontando questões como a falta de saneamento básico, o crescente número de acidentes de trânsito; o consumo e o tráfico de drogas. “Vamos juntos lutar por um País mais justo, fraterno e igualitário”, finalizou.
Professor Teodoro parabenizou a CNBB pela escolha da campanha. “O tema é tão presente que é o primeiro apontado pelos brasileiros e o mais frequente”, disse. O parlamentar também mencionou os problemas de financiamento do SUS e elogiou a política de descentralização da saúde pelo Governo Cid Gomes.
A elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular, sugerindo a obrigatoriedade, pela União, de um investimento de 10% das receitas correntes brutas foi defendida pelo secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos. “Hoje, o Governo Federal não tem nenhuma obrigação constitucional de investir na saúde”, explicou ele. O secretário também enalteceu a iniciativa da CNBB. “A campanha vai fazer com que todos nós nos debrucemos sobre os problemas da saúde no País”, disse.
Representando a CNBB Nordeste, o padre Francisco Ivan destacou a importância de a Igreja abrir espaço para reflexões. “A saúde, para nós, não é apenas uma assistência médica hospitalar, mas é também a habitação, a moradia, o lazer, a segurança. Juntamente com esses determinantes, a gente lembra os princípios do próprio SUS: universalidade, integralidade e equidade'', colocou.
A Campanha da Fraternidade, uma iniciativa da CNBB, é desenvolvida na Quaresma desde 1963. A campanha deste ano tem a missão de “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde”. Também participaram do debate a chefe da Célula da Educação Básica de Fortaleza, Lídia Dias; a coordenadora estadual da Pastoral da Criança, Marister Guimarães; e o padre Lino Allegri, da Pastoral Povo na Rua.
RW/LF