Você está aqui: Início Últimas Notícias Eliane Novais comenta pesquisa sobre pessoas com deficiência no Estado
Segundo a deputada, o trabalho apresenta “um cenário real para aprofundarmos o debate acerca da afirmação dos direitos humanos, vislumbrar quais são os grandes desafios para se garantir os direitos das pessoas com deficiência em nosso Estado e, sobretudo, contribuir, a partir dos números, para a elaboração de políticas públicas inclusivas”.
De acordo com ela, a pesquisa informa que existem 2.340.150 pessoas com deficiência vivendo no Ceará. “Este número corresponde a 27,69% da população cearense, um percentual que supera os índices nordestino (26,63%) e nacional (23,92%). Também supera as últimas pesquisas divulgadas que apontavam que o percentual de pessoas com deficiência no Ceará era de 18%”, afirmou.
Pelo estudo, conforme frisou, o Ceará figura como o terceiro estado com maior número de pessoas com deficiência, ficando atrás de Rio Grande do Norte e Paraíba. “A pesquisa mostra ainda que a deficiência mais comum entre os brasileiros é a visual (18,76%). No Ceará, a proporção é ainda maior, de 22,15%, o que representa 1.871.784 de pessoas. Além disso, são 6,23% de pessoas que se declararam completamente surdas e 8,08% com completa deficiência motora”, disse.
Para Eliane, têm acontecido avanços na busca pela implementação de políticas voltadas para as pessoas com deficiência. “O Brasil é um dos poucos países das Américas em que a gestão da política da pessoa com deficiência está vinculada aos direitos humanos, e não em uma pasta na área da saúde ou assistência. A Prefeitura de Fortaleza seguiu esta mesma orientação e criou a Coordenadoria da Pessoa com Deficiência que funciona no âmbito da Secretaria dos Direitos Humanos de Fortaleza (SDH)”, pontuou.
Ainda conforme ela, o Governo do Estado criou a Coordenadoria da pessoa com deficiência e do idoso, vinculado ao gabinete da primeira-dama. “Em nível municipal, foi também criado o Conselho Municipal dos diretos da pessoa com deficiência”. Já o Governo Federal, de acordo com Eliane Novais, criou o Plano Diretor da Campanha Nacional de Acessibilidade que visa garantir que as obras para os eventos sejam adequadas às pessoas com deficiência.
Contudo, ela disse que, os números divulgados na pesquisa mostram o quanto ainda é necessário e urgente avançar nas políticas especificas relacionadas às pessoas com deficiência. “Se pararmos pra pensar um pouco, podemos nos perguntar: onde estão essas pessoas? Quantas crianças com deficiência estudam na escola de nossos filhos, com quantas pessoas com algum tipo de deficiência trabalhamos ou convivemos no nosso dia a dia? Isso nos leva a constatar o quanto excludente é o modelo de sociedade que construímos e o quanto precisamos evoluir para convivermos com as diferenças”, afirmou.
EU/JU