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Criação de legenda teria sido solução duradoura - QR Code Friendly
Terça, 08 Setembro 2015 04:30

Criação de legenda teria sido solução duradoura

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José Sarto diz que fundação de partido é defendida desde quando o grupo estava no PPS, mas lamenta que ideia nunca tenha sido maturada José Sarto diz que fundação de partido é defendida desde quando o grupo estava no PPS, mas lamenta que ideia nunca tenha sido maturada ( Foto: Bruno Gomes )
  O grupo liderado por Ciro e Cid Gomes está seguindo para o terceiro partido em menos de dois anos, e durante as candidaturas à Presidência em 1998 e 2002, chegou a ser proposta a criação de uma legenda que tivesse o perfil político defendido pelos irmãos, o que não aconteceu. O Diário do Nordeste entrevistou alguns parlamentares que disseram que a ideia está cada vez mais distante agora, até porque acreditam que o PDT tem maior semelhança com aquilo que defendem, além de um projeto de Governo que pode contar com a participação de um cearense. O deputado Sérgio Aguiar (PROS) lembrou que, em reunião ocorrida no último dia 17 de agosto passado, ele e outros apresentaram a tese de criação de um partido com as semelhanças e características defendidas por Ciro e Cid Gomes, visto que o primeiro disputou uma candidatura para presidente da República e conseguiu apoios que poderiam servir de base para a criação de um grêmio. Segundo ele, PSB e PDT são muito parecidos ideologicamente, com um viés mais de centro-esquerda, e que portanto, seria uma legenda boa para abrigar o grupo. "Há um pecado em nossa vida político e partidária, que foi a não criação de uma sigla com essas características. Essa foi uma etapa vencida e devemos agora abraçar de corpo e alma o PDT, porque ele pode ser o responsável pela presidência em 2018", pontuou. Aguiar reconheceu ainda que, em cada passagem por um partido diferente, os parlamentares deixam alguma dor para trás. De acordo com o parlamentar, sair de um partido é muito complicado, mas o eleitor de Cid e Ciro Gomes vota não pelo partido, mas pelo nome, pelo respeito e liderança dos dois. "Isso é a maior marca e eles sempre têm o eleitor que os respeitam, seja qual for a matiz partidárias que eles tenham", justificou. Aliado de Ciro Gomes há 25 anos, o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (PROS), afirmou que quando o grupo ingressa em um partido acredita nas lideranças da agremiação e nos compromissos feitos. No entanto, com o passar do tempo, segundo ele, os próprios líderes partidários acabam por não darem prosseguimento ao que foi acordado. "Quando saímos de um partido não é porque queremos sair. É porque o que foi firmado não estava mais acontecendo". Ele disse que no caso do PSB havia um acordo que foi desfeito pela direção nacional, quando não apoiou a candidatura de Ciro Gomes em 2010, e queria lançar candidatura própria em 2014, ainda que houvesse a tentativa de Dilma Rousseff em disputar a reeleição. "Se o PSB tinha candidato para lançar (em 2010), por que não lançou? O ciclo Lula tinha se encerrado ali. Aí, no meio do ciclo da presidente Dilma, iríamos deixá-la?", questionou o parlamentar. Segundo o parlamentar, a ida ao PROS foi para atender a essa demanda. De saída do grêmio para o PDT, Albuquerque disse que a sigla trabalhista tem um compromisso de lançar uma candidatura própria em 2018, que deve passar pela indicação de Ciro Gomes ou Cid Gomes. Zezinho Albuquerque afirmou ainda que não há mais possibilidades de se discutir a criação de uma nova sigla, pois esse momento já passou. Falhas O deputado José Sarto (PROS), por outro lado, disse que não ter criado um partido com ideais defendidos pelos Ferreira Gomes foi uma das grandes falhas do grupo. "Eu acho que foi uma falha, desde que o Ciro disputou as eleições presenciais em 1998 e 2002. Naquela época nós éramos muito pequenos, do PPS. E advogamos isso", defendeu. Segundo disse, à época compraram a ideia Mauro Filho, Zezinho Albuquerque, Francisco Aguiar e Ivo gomes. "A gente defendia que o Ciro tinha uma estatura nacional e que poderia caminhar pelo Brasil durante a campanha eleitoral para formar um partido que tivesse essas cores, com ideias mais progressistas", destacou. Segundo ele, o governo Cid Gomes criou uma diversidade de interlocução com a sociedade, e esse método seria propício para a criação de uma nova legenda. "Essa foi uma grande falha nossa. Nós entendemos que o sentimento pós-eleição é de fadiga, principalmente para quem perde. Sem contar que o Brasil é um País continental, mas defendemos isso". Ele relatou, porém, que o PDT é um partido com identidade com aquilo que é defendido pelo grupo. "Não sei se a gente vai retomar essa tese, mas o PDT tem muita semelhança com aquilo que a gente pensa". Odilon Aguiar (PROS), que está no grupo há mais de dez anos, afirmou que a ideia de um partido criado pelos Ferreira Gomes seria interessante, ressaltando ainda que esse sempre foi uma sugestão colocada em pauta, mas nunca maturada. "Obviamente, não sei quais foram as motivações políticas e estratégicas que fizeram com que isso não acontecesse", frisou.
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