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Eleitores indecisos protagonizam eleição - QR Code Friendly
Segunda, 29 Outubro 2012 07:09

Eleitores indecisos protagonizam eleição

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  Por Cely Fragae Jessica FortesDa Redação e Andressa Souzado O Estado ONLINE As últimas pesquisas divulgadas mostravam que muitos eleitores ainda estavam indecisos. Os números também apontavam um empate técnico entre Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT). O resultado final do pleito, no entanto, revelou uma diferença de 6% entre os candidatos, representada por 74.172 mil votos. A “boca de urna” entre a população indecisa pode ter mudado os rumos dessa eleição? A margem apertada insinua que o eleitor sem candidato certo foi decisivo no resultado final. Os dados oficiais da eleição municipal de Fortaleza refletem uma cidade, no mínimo, ressabiada com seus candidatos. Dos 1.344.017 eleitores que foram às urnas ontem, 33.782 votaram em branco e 83.193 anularam o voto. Mais expressivo ainda é o número de abstenções, 268.138, o que equivale a 16,63% dos eleitores.Numa conta rápida, calcula-se, por exemplo, que o número de votos nulos poderia ter mudado a configuração da eleição. Assim, numa campanha marcada pelo emparelhamento pescoço a pescoço dos candidatos, o eleitor indeciso deu o voto de minerva. O peso do voto do indeciso, refletiu a cientista política Carla Michelle, foi fundamental no resultado do pleito. “Os indecisos decidiram essa eleição. As últimas pesquisas apontavam que 11% dos eleitores estavam propensos a mudar de voto e esse percentual pode ter sido crucial neste domingo”, argumentou Carla, acrescentando que “os últimos debates foram decisivos para essa escolha, principalmente graças aos ataques à Prefeitura”. Os votos brancos representaram 2,51% dos eleitores, enquanto nulos foram 6,19%. Em números absolutos e somados, 116.975 invalidaram seus votos e 268.138 se abstiveram de comparecer às urnas. Para Carla Michelle, “o número é menor do que o esperado”. “Essas são as pessoas que não se identificaram com nenhum dos candidatos propostos”, analisou. Vale destacar que segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Fortaleza foi a capital do Nordeste com o maior número de votos brancos, nulos e de abstenção durante o segundo turno. DESÂNIMO ELEITORALA ideia é que o eleitor vote em quem considera melhor no primeiro turno. E, no segundo turno, faça a opção entre os dois que restaram. Foi o que aconteceu com o eleitor Alison Ribeiro, que, primeiramente, votou no candidato que acreditava e que fazia oposição. Como o postulante não foi para a outra fase do pleito, ele decidiu pelo partido e não pelo candidato e suas propostas. “Meu voto foi decidido mais pelo partido do que pelo candidato ou apoio. Foi por acreditar em uma linha de constituição, de propostas do partido em si. No primeiro turno votei no candidato que eu acreditava, já no segundo turno, estou votando mais por que tem que escolher. Não votaria nem branco, nem nulo, por que acredito que temos que fazer uma escolha, independente das opções que temos”, explica Alison. A pouca intimidade com os candidatos, o fato de ambos estarem atrelados a estruturas administrativas e a grande apologia ao voto nulo nas redes sociais, podem ser explicações para a falta de entusiasmo dos fortalezenses em escolher seu candidato. A dona de casa, Vânia Bezerra, comentou seu desânimo com a segunda fase do pleito. “Gostaria que meu candidato estivesse no segundo turno, mas fiquei órfã”, brinca. “Estava perdida, escolhi na hora que cheguei à urna”, comentou.O não-voto é absolutamente legítimo, mas ainda que seja válido como manifestação é fundamental o eleitor entender que anular significa se abster da prerrogativa de decidir.É o caso do eleitor Osvaldo Ribeiro, que embora seja contra o voto branco ou nulo, revelou sua indecisão. “Votar branco ou nulo é uma perda de voz, mas, neste caso, pensei seriamente em votar branco, por que as duas opções são contrárias do que eu esperava. Mas, com a situação que poderia ser criada com uma dessas opções sendo eleita, tive que escolher um candidato”, explicou. A disputa entre as máquinas incomodou a empregada doméstica, Elizangela Furtado da Silva, 34 anos. Para ela, a situação não pareceu justa aos demais candidatos. Titubeante, Elizangela tomou sua decisão no último momento. “Quis dar uma oportunidade para uma nova proposta”, ressaltou. SOB PROTESTO, FORTALEZA VOTACom candidatos apoiados pelos poderes municipal e estadual, a eleição para Prefeitura de Fortaleza foi acentuada, principalmente, pelo voto de protesto em relação a um dos padrinhos políticos dos candidatos. Decepcionada com uma das gestões públicas, a fisioterapeuta Rebeca Carvalho, 26 anos, revelou que votou no candidato contrário a administração que rejeita atualmente. “Meu voto foi de protesto, porque cansei do que está sendo feito até agora. Acho que está na hora de pelo menos tentar mudar alguma coisa”, reiterou.O protesto é compartilhado pelo comerciante Francisco Luciano dos Santos Barreiro, 31. Insatisfeito com a gestão que apoiou um dos candidatos, Santos contou que sua opção de voto foi determinada por esse sentimento de repúdio ao apadrinhamento. A falta de identificação com a corrente política de um dos postulantes ao Executivo Municipal definiu o posicionamento do administrador de empresas, Bruno Moreira Lopes. “De certa forma meu voto foi um protesto. No primeiro turno votei em Heitor Férrer. Contudo, no segundo turno escolhi um candidato por não aprovar o partido do outro candidato”, destacou.
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