Frete barato é o principal motivo dos grãos não chegarem ao Ceará, afirmou a deputada Miriam Sobreira (PSB), ontem na Assembleia Legislativa. A parlamentar alegou que o frete barato impede que os “carreteiros” tragam o milho do Mato Grosso do Sul para o Ceará, sendo este o principal motivo dos armazéns da Conab estarem vazios.
Mirian ainda ressaltou que, “apesar de o Governo Federal colocar à disposição dos agricultores o preço do milho acessível, no posto da Conab, em Iguatu, muitos agricultores chegam a passar quatro dias na fila, revezando com a família, devido as senhas, tendo, muitas vezes, os funcionários do Posto pedirem reforço da Polícia para manter a ordem”.
Para a socialista, o caos e fila desumana aumentam o sofrimento dos pecuaristas, que sofrem para sustentar o seu rebanho, devido à estiagem. “É preciso que se tome uma medida de urgência, que alguém pague este frete e o milho chegue ao Ceará”, solicitou. A deputada Fernanda Pessoa (PR), em aparte, sugeriu que a Assembleia Legislativa, fizesse uma audiência pública para debater o problema de abastecimento de grãos no Ceará.
Já o deputado Roberto Mesquita (PV) sugeriu que o Poder Público incentive a produção e a distribuição de rações animais alternativas durante o período de estiagem, como forma de amenizar os efeitos da estiagem, já que é alto custo de transporte de milho para atender a demanda. O parlamentar explanou o trabalho de produtores da região da Chapada do Apodi, que recorrem à chamada “silagem”, um método de custeamento de forragem para alimentação do rebanho.