Conselheiro Na última quarta-feira, a comissão de Constituição e Justiça da Assembleia fez uma sessão para sabatinar Rholden Botelho, procurador de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), indicado pelo governador Cid Gomes para a vaga de conselheiro daquele Tribunal, até recentemente ocupada pelo conselheiro Suetônio Bastos Mota. Não há dúvida de que seu nome será aprovado pelo plenário, como já o foi pela comissão de Justiça, e ele será o primeiro procurador de Contas a assumir um cargo de conselheiro naquela Corte. Os Tribunais de Contas, por força de disposição constitucional, têm que ter em seus quadros de sete conselheiros, dois representantes dos seus grupos funcionais, no caso um Auditor e um Procurador. Rholden tem um currículo de fazer inveja a muitos dos hoje denominados de concurseiros. Tem aprovações em concursos difíceis como de procurador da República, juiz federal e outros, mas por preferir morar no Ceará, decidiu integrar o Ministério de Contas e agora vai ser conselheiro. Houvesse mais empenho dos senhores deputados, o sabatinado poderia ter falado mais sobre o que pensa e fará para melhorar a produção do TCE e sobretudo despolitizá-lo. O deputado Augustinho Moreira (PV), ainda que com o ranço de oposição ao Governo do Estado, foi o único a motivar o sabatinado a falar um pouco e até dizer da sua preocupação com a falta de fiscalização daquele Tribunal sobre a aplicação dos recursos estaduais liberados na forma de convênios para municípios e associações. Augustinho, que foi participar da sabatina em condições adversas de saúde, além de não ter sido compreendido por alguns dos seus colegas, de certa forma foi vítima de manifestações inibidoras ao seu trabalho, daí ter perdido o Legislativo uma excelente oportunidade de exercer bem o seu papel. A inquirição a ser feita aos indicados para cargos de tanta significação, como é a de conselheiro, não é para afrontar o inquirido, mas tão-somente para lhe proporcionar a oportunidade de dizer o que motiva a assumir o cargo e o que fará para a instituição cumprir bem o seu mister, já que não o faz atualmente. Aliança Têm sido mais frequentes os encontros do deputado Heitor Férrer, nome do PDT para disputar a Prefeitura de Fortaleza, com o ex-governador Lúcio Alcântara, presidente do PR no Ceará. Ainda não está decidido se o partido de Lúcio apoiará a postulação de Heitor, mas todos os diálogos são nesse sentido. Na última conversa foi citado inclusive a possibilidade de lideranças do PSDB entrarem no esquema para formação de um amplo agrupamento de oposição, embora Marcos Cals esteja com sua estrutura pronta para ser candidato à sucessão de Luizianne Lins (PT). Cals é presidente estadual do PSDB e, recentemente fez várias reuniões com representantes de outros partidos tentando fortalecer o grupo de oposição ao PT e ao PSB do governador Cid Gomes. Todos os atores da política municipal, fazem questionamentos sobre a candidatura de Heitor Férrer. Não por ele próprio, mas pelo PDT que ele de fato não comanda e o partido ter ligações próximas com o governador Cid Gomes, admitindo os opositores, por essa razão, em um determinado momento o próprio Heitor vir a sofrer restrições de sua própria agremiação e ai o projeto de oposição em Fortaleza ir por águas a baixo. A propósito, hoje e amanhã, em Fortaleza, o PDT programa uma grande mobilização com vistas às eleições deste ano.