Com a previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) de que, em 2016, as chuvas podem ser 30% abaixo da média, os deputados cobraram, ontem, na Assembleia Legislativa, ações enérgicas do Governo do Estado, quanto ao racionamento de água no Ceará.
Classificando a situação como “problemática gritante”, o deputado Fernando Hugo (SD) disse não acreditar que as águas da transposição do Rio São Francisco vão, em 2016, abastecer o Castanhão. “O Ceará precisa urgentemente adotar um racionamento de água, priorizando o recurso para consumo humano”, chamou atenção. “Quero pedir ao governador a contenção máxima de gastos de água no Ceará. É preciso cortar os gastos com radicalismo, já agora”, alertou Hugo, citando que a agricultura irrigada e similares como as indústrias gastam toneladas de metros cúbicos de água, diariamente. “É inaceitável não se fazer isso, já se sabendo cientificamente pela Nasa e Funceme que o ano 2016, será um ano de seca ou de poucas chuvas para nosso Nordeste. É inaceitável que espere mais uma vez pela transposição das águas”, criticou, dando conta de que o Castanhão que manda água para Fortaleza, já está em seu limite, estando a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) como Aquiraz e Eusébio, já estão sendo abastecidas com carros-pipa.
Lentidão
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) afirmou que o Governo do Estado trata com lentidão o problema da Seca. O parlamentar ressaltou que, de acordo com a Funceme, o Ceará tem 85% de chance de passar por uma nova seca em 2016. “Precisamos de ações emergenciais para este ano e para o próximo. Precisamos de poços profundos e dessalinizadores, para podermos fazer o reuso da água. Acredito que o Governo irá concluir a obra desse aquário a qualquer custo em detrimento do abastecimento do Estado”, criticou.