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Transposição urgente - QR Code Friendly
Sexta, 16 Janeiro 2015 05:10

Transposição urgente

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  Dentre as prioridades para os próximos meses de trabalho, o governador Camilo Santana destacou, particularmente, os problemas da escassez de chuvas e da segurança pública. E não poderia ser diferente. Há três anos seguidos, o Estado se ressente de invernos regulares, capazes de garantir água e produção agrícola. Quanto à segurança pública, a violência urbana e rural assumiu clima insuportável de intranquilidade, diante da sequência de atentados ao patrimônio público e privado, prejudicando as empresas, os estabelecimentos bancários, os sítios e fazendas e até moradias cercadas por equipamentos tecnológicos de prevenção contra roubos e furtos. Mesmo diante de toda essa problemática, a mais preocupante não deixa de ser o risco de escassez d'água, desta vez, de forma generalizada, porque os grandes açudes registram, a cada mês, redução significativa nos seus estoques acumulados ao longo das últimas décadas. Como agravante, não há meios de socorrer as diversas regiões sob regime de anormalidade climática com a reposição d'água para abastecimento humano e animal. O novo ministro da Integração Nacional, responsável pela execução da interligação das bacias hidrográficas do Nordeste com o Rio São Francisco, já anunciou que a conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2016. De paralisação em paralisação, tais obras estão com cinco anos de atraso, elevando seu custo de R$ 4,7 bilhões para R$ 8,2 bilhões. Mas o pior dano do retardamento é não poder o projeto atender à atual emergência de seca, trazendo água para os sertões agrestes. Cerca de 70% das obras estão concluídos, com 11 mil homens trabalhando, com todas as empresas operando regularmente, apesar de algumas com envolvimento no escândalo da Petrobras. Por enquanto, o objetivo é terminar os eixos Norte e Leste, deixando para o futuro a etapa que contempla os eixos Sul, rumo à Bahia, e o Oeste, rumo ao Piauí, preconizados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3). Em face das dificuldades, seria recomendável a formação de uma frente permanente dos governadores dos Estados beneficiados pela transposição, respaldada pelas Assembleias Legislativas e pelas lideranças empresariais, para acompanhamento da condução das obras, executadas com recursos exclusivos da União. Enquanto isso, o quadro no Ceará se agrava cada dia mais. O ano começou com a reserva d'água de 20,8%, em média, conforme o Portão Hidrológico. Em pelo menos 20 municípios, o abastecimento permanecerá em condições por demais caóticas durante o primeiro trimestre, sendo a situação mais crítica em Jaguaretama, totalmente dependente do abastecimento por carro-pipa. As outras localidades vulneráveis que a ele se juntam são, especialmente, Apuiarés, Miraíma, Canindé, Caririaçu, Crateús, Irauçuba, Jaguaretama, Maranguape, Nova Russas, Novo Oriente, Parambu, Pereiro, São Luís do Curu, Senador Sá, Tauá, Tejuçuoca, Uruoca, Ipaporanga, Mineirolândia e Jaguaribe. Isso tudo em decorrência, da falta de recursos hídricos no subsolo e de açudes de grande porte nos seus arredores. O problema se acentua pela queda constante do volume d'água nas 12 bacias hidrográficas do Ceará, quase todas elas com estoque insignificante. Infelizmente, a dificuldade causada por essa emergência somente será superada com a transposição das águas do Rio São Francisco o quanto antes. Os governantes nordestinos não podem vacilar em torno desse empreendimento.
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