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Coluna Edilmar Norões - QR Code Friendly
Segunda, 08 Dezembro 2014 04:46

Coluna Edilmar Norões

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  PMDB e a oposição A direção estadual do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) haverá de definir, o quanto antes, uma estratégia para garantir a permanência nos seus quadros, dos filiados que sonharam, com a candidatura do senador Eunício Oliveira, neste ano, de forma direta chegarem ao Poder no Ceará. O próximo governador, Camilo Santana, na mesma linha de Cid Gomes, após o rompimento da aliança que mantinham desde 2006, vem dando demonstrações de estar disposto tratar os peemedebistas como oposicionistas, como as urnas os fizeram. E mais, Camilo comunga com o discurso do governador Cid Gomes, de afastar o PMDB da condição de primeiro aliado do PT no campo nacional, reflexo, por certo, dos efeitos da disputa pelo Governo cearense. Ser oposição é o que a maioria dos filiados à sigla, notadamente os detentores de mandatos, abomina. Vários não deixaram o partido, ainda quando se aproximava o rompimento entre Eunício e Cid, pelo fato de o atual governador não concordar, em razão de, à época, alimentar a ideia de um entendimento, mantendo a aliança mesmo sem Eunício candidato. O fato é comprovado com a saída de Domingos Filho do partido, sem levar sequer a mulher, Patrícia Aguiar, prefeita de Tauá. A exceção foi o deputado Lucílvio Girão, que ameaçou, inclusive de deixar a política, alegando questões pessoais com o senador. Não tem sido salutar a relação do comando peemedebista no Estado com alguns dos seus deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores. Manifestações e ações antes e durante a campanha eleitoral passada confirmam o distanciamento da direção com a maioria das lideranças partidárias. O partido, à sombra do Governo, não cresceu no Ceará, mesmo com o seu presidente, imediatamente após ter sido eleito senador, viesse a alimentar a ideia de ser candidato a governador, na época, propalando, dentro da mesma aliança, consequentemente com o apoio de Cid Gomes, que, por sua vez, até a hora final, nunca negou pudesse vir a apoiá-lo. Hoje, ainda sob os efeitos dos resultados do pleito, concorrido sim, por uma série de fatores, dentre eles o próprio desgaste da administração, se fala no PMDB liderando a oposição. As festas de fim de ano, por certo, mudarão esse cenário. E, no início das atividades legislativas se constatará que as expectativas oposicionistas de hoje não passam de quimeras. E o PMDB, se de fato quiser manter a pequena fatia que tem no Ceará, terá que abandonar o seu modelo de não compartilhamento da gerência do partido e de isolamento de suas poucas lideranças em alguns pontos do Ceará. Resultado Não rendeu, o que esperavam os aliados do governador eleito Camilo Santana, o encontro deste com os presidentes de partidos envolvidos na sua eleição, porquanto não avançou na parte referente à participação de cada um deles na futura gestão. Foi menos genérico do que a reunião coletiva, anteriormente feita com esses mesmos personagens. Camilo insiste na promessa de governar com os partidos, com os deputados e com a sociedade civil, a ser representada por um conselho posteriormente definido. Seria um Governo participativo. Um sonho que a realidade política brasileira ainda não permitiu que viesse a ser concretizado. Muitos discursos já proferidos, ao longo dos últimos anos, sempre em inícios de administrações municipais, estaduais e até a nacional, estabelecendo esse diálogo como uma prioridade dos governantes, mesmo sabendo que os aliados, quase sem exceção, só estejam interessados mesmo é na divisão dos cargos e outros benefícios que lhes permitam mostrar importância perante o eleitorado, pouco importando, no fundo, com o sucesso da gestão em termos de resultados, o inverso do que almeja o chefe daquele Executivo.
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