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Bancada cearense define R$ 2,18 bilhões em emendas - QR Code Friendly
Quinta, 04 Dezembro 2014 06:21

Bancada cearense define R$ 2,18 bilhões em emendas

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  A bancada cearense na Câmara dos Deputados definiu, ontem, as 16 emendas que serão apresentadas pelo grupo ao Orçamento da União de 2015. Juntas, as emendas somam R$ 2,18 bilhões, sujeito a aprovação. Das 16 emendas, seis foram propostas pelo governador eleito Camilo Santana (PT) e duas pelo prefeito Roberto Cláudio (Pros). As áreas priorizadas tanto pelo Estado quanto pela Capital foram a saúde e a educação e, no total, o Executivo cearense terá destinado para investimentos R$ 1.384 bilhão, enquanto Fortaleza irá receber R$ 200 milhões. O coordenador da bancada cearense, deputado Antônio Balhmann (Pros), informou que a definição das emendas foi em conjunto com o prefeito de Fortaleza e o governador eleito do Ceará, o que, para ele, já demonstrou o interesse de Camilo Santana em estar próximo da bancada cearense. “É interessante, é um momento que o Camilo demonstrou grande proximidade com a bancada e isso é importante, pois o governador junto ao congresso traz força junto ao governo federal para juntos conseguirmos, de fato, destinar toda essa verba”, pontuou. Para Balhmann, as grandes demandas do ceará na saúde e na educação já não são grandes construções, mas sim o custeio. “Hoje em dia, no Ceará, nós temos grandes hospital e escolas técnicas, então eu acredito que a grande missão do próximo governador será a manutenção, o funcionamento dessas obras já prontas. Então, isso é uma prioridade mais operacional”, classificou. PRIORIDADES Balhmann informou que, para o Estado, Camilo colocou como prioridades as seguintes emendas: construção do Hospital do Vale do Jaguaribe, no valor de R$ 119 milhões; fortalecimento da rede de média e alta complexidade de saúde do Ceará, no valor de R$ 300 milhões; manutenção da rede escolar do Estado, no valor de R$ 390 milhões; construção do Arco Metropolitano, ligando a BR-116 ao Porto de Pecém, no valor de R$ 355 milhões; instalação de rede trifásica nas zonas rurais do Estado, no valor de R$ 100 milhões e instalação de novas obras e recuperação das obras de infraestrutura hidráulica, no valor de R$ 120 milhões. Já Roberto Cláudio priorizou o investimento na atenção básica de saúde, no valor de R$ 100 milhões e investimento na rede municipal de ensino, também no valor de R$ 100 milhões. Balhmann informou que, para o custeio na atenção basica de saúde, a demanda da prefeitura era de R$ 60 milhões, no entanto, a bancada achou melhor aumentar o valor para os R$ 100 milhões. Entre as emendas, a bancada ainda irá contemplar a expansão de campus da Universidade Federal do Ceará, no valor de R$ 150 milhões; a expansão dos Institutos Federais de Educação Técnica, no valor de R$ 150 milhões; a infraestrutura urbana na Região Metropolitana de Fortaleza, no valor de R$ 150 milhões e a infraestrutura urbana na Região Metropolitana do Cariri, no valor de R$ 150 milhões. APROVAÇÃO As propostas seguem agora para a comissão especial da Lei Orçamentária Anual (LOA), onde, normalmente sofrem cortes significativos. No entanto, a grande preocupação dos parlamentares não são exatamente esses cortes, mas sim a liberação da verba aprovada pelo governo federal. O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB) informou que a verba aprovada é sempre bastante significativa, mas que a bancada cearense não está tendo força para que chegue no Estado. “Nos últimos anos, a performance não é boa, a bancada não está conseguindo ter força suficiente para liberar o valor aprovado. Nesse ano de 2014, a bancada conseguiu alocar R$ 413 milhões para várias ações e até o momento, só foi efetivamente liberado R$ 1,600 milhão”, lamentou. Para o parlamentar, a solução seria ter uma bancada equilibrada, ou seja, metade situação e metade oposição, mas, no entanto, segundo ele, 99% dos deputados são aliados à presidente Dilma Roussef (PT). “O governador eleito ser do mesmo partido da presidente Dilma e 99% da bancada ser aliada dela, muitas vezes, não é tão positivo, porque, assim, não há força para se contrapor. O governo pode achar que, como a bancada já é de ,casa, ela pode ficar adiando o repasse. Então, se houvesse um equilíbriu talvez a bancada tivesse mais independência e força”, avaliou Gomes de Matos.
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