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Crise expõe bastidores da campanha de Eunício - QR Code Friendly
Terça, 02 Dezembro 2014 06:20

Crise expõe bastidores da campanha de Eunício

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  Após perder as eleições para o Executivo estadual, o PMDB sofre com crise e acusações internas de membros da própria legenda. O vereador Carlos Mesquita (PMDB) aponta como culpado pela derrota de Eunício Oliveira na disputa pelo Governo do Ceará nas últimas eleições, o vice-prefeito de Fortaleza e vice-presidente do PMDB Ceará, Gaudencio Lucena (PMDB), então coordenador de campanha de Eunício. Mesquita afirma que a “arrogância” de Gaudencio afastou muitos aliados que poderiam ter sido de grande ajuda durante as campanha. Ele ainda declara que não existe dialogo dentro da legenda cearense. “Se você perguntar a dez políticos que trabalharam para o Eunício o porquê da derrota, sete vão dizer que foi por causa do Gaudencia, que era arrogante, já se sentia eleito e já estava distribuindo cargos”, apontou Mesquita. Durante a campanha eleitoral Mesquita manteve-se neutro e não declarou apoio à candidatura de Eunício. Questionado, na época, qual candidato ele estaria apoiando no pleito Executivo estadual, o vereador limitou-se a dizer “eu voto na Dilma”. Mesquita não pleiteou nenhum cargo nas últimas eleições, apesar de ter se inscrito para tentar uma vaga na Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, a intenção dele era candidatar-se para apoiar Eunício.“Eu acreditava, que sendo candidato, ajudaria na campanha de Eunício, eu sabia que não iria ser eleito, mas estando no pleito iria ser uma ajuda a mais. Quando conversei com o Gaudencio ele me disse ‘não Mesquita se você está indo só para isso, não precisa desse seu sacrifício, não, que o Eunício já está eleito no primeiro turno’. Com essa declaração, eu peguei e abandonei minha campanha”, pontou. PERDA DE CARGO O vereador que era delegado nacional do PMDB, ou seja, era credenciado pelo partido na Justiça Eleitoral para representá-lo nos assuntos de seu interesse, foi informado durante uma reunião em Brasília que havia sido destituído do cargo. “Fui para Brasília com tudo pago pelo PMDB, acreditando que ainda era um representante do partido, quando eu cheguei lá eu já não era mais delegado. Eu perguntei o porquê, e eles disseram que o Gaudencio mandou me tirar”, lamentou. Mesquita acredita estar sofrendo uma “perseguição política” por parte do vice-prefeito. “Ele não sabe ser político, ele não sabe conviver com as pessoas, ele não tem humildade para isso”, acusou. O parlamentar lamentou a derrota de Eunício, afirmando que não tem nada contra o senador. “Acho o Eunício uma pessoa séria e se ele tivesse tido tempo de coordenar a campanha, ele teria sido eleito, porque ele não iria fazer como o Gaudencio fez. Espero um dia poder votar ainda no Eunício para governador”, enfatizou. Procurado por O Estado, Gaudencio limitou-se a afirmar, através de sua assessoria, que o vereador Carlos Mesquita não segue a orientação do partido desde as eleições de 2012, quando o PMDB apoio a candidatura de Roberto Cláudio (Pros), sendo Gaudencio o candidato a vice-prefeito na mesma chapa. Nas eleições deste ano, Gaudêncio afirma que o erro do vereador foi ainda maior, já que o PMDB lançou o presidente da legenda – Eunício Oliveira – como candidato, e ele também se recusou a apoiar. “Como uma pessoa como ele pode se dizer perseguido já que ele sempre se posicionou contra o partido?”, questionou Gaudencio, declarando, ainda, que não há nenhuma crise dentro do PMDB Ceará.
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