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Comissão da Seca quer ações mais concretas - QR Code Friendly
Terça, 21 Janeiro 2014 05:01

Comissão da Seca quer ações mais concretas

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Membros da Comissão da Seca da AL alertam para a necessidade de o governador Cid Gomes apresentar um plano de contingência para a estiagem Membros da Comissão da Seca da AL alertam para a necessidade de o governador Cid Gomes apresentar um plano de contingência para a estiagem KIKO SILVA
  A possibilidade de o inverno deste ano não ser de normalidade plena já é motivo de preocupações A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apresenta, hoje, o prognóstico da quadra chuvosa de 2014. Presidente e relator da Comissão Especial da Seca, os deputados João Jaime (DEM) e Welington Landim (PROS), disseram que estão preocupados com a possibilidade de o Ceará ter um ano com chuvas abaixo da média, e por isso vão retomar com os trabalhos do colegiado. Eles querem mais empenho do Governo em ações de racionamento de água e aplicação das sugestões feitas pelo relatório apresentado pelo grupo. João Jaime disse que espera que a Funceme apresente um prognóstico favorável para a quadra chuvosa do Ceará, mas ressalta que caso isso não aconteça é importante que o Governo apresente, de imediato, um plano de contingencia para atuar a partir do anúncio do relatório do órgão, o que permitirá que a população não seja afetada de forma mais agressiva, como aconteceu nos últimos dois anos. De acordo com ele, a previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), é de que o período chuvoso no Estado será de regular ou abaixo da média. "Se for abaixo da média, os açudes não vão ´pegar recarga´ e o Governo terá que apresentar um plano de contingência de como irá gerir os últimos recursos", apontou. Ele sugeriu ainda que o Poder Executivo, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), faça uma campanha de esclarecimento para que a população economize água, mesmo aquelas pessoas de regiões abastecidas, como Fortaleza e Região Metropolitana. "Fortaleza também corre o risco de ficar sem água por conta do consumo desenfreado em época de seca. E temos que atentar porque a Copa do Mundo está chegando. O Governo até agora agiu como se nós tenhamos um grande inverno neste ano e que iríamos repor os reservatórios", disse ele, mas ressaltando que "é obrigação do Governo ter sempre um plano para quando as expectativas não se materializarem". Continuidade O parlamentar está esperando a Casa retomar suas atividades legislativas, no dia 4 de fevereiro, para retornar os trabalhos com a comissão Especial da Seca. Segundo disse, ele e os membros do colegiado irão se reunir com a Mesa Diretora para averiguar qual a melhor maneira de dar continuidade ao que estava sendo feito pelo grupo no ano passado. "Estamos pensando ou em prorrogar os trabalhos da comissão ou criar uma subcomissão dentro de outra. Talvez na de Agricultura ou de Recursos Hídricos", ressaltou. Caso se concretize uma quadra chuvosa sem boa precipitação de chuvas, a comissão vai se debruçar para cobrar ações que foram sugeridas através de dois relatórios em 2013, e reclamar do Governo a efetividade das atividades de emergência. "Não nos parece que o Governo está interessado nisso". Os carros-pipa, prossegue: "não estão funcionando em mais de 20% dos municípios e ainda tem o caso dos pagamentos em atraso. O Governo se resume a fazer cisternas, entregar as cisternas e acha que com isso está resolvido o problema, e não é assim. As cisternas só funcionam se tiver água", disse. O relator da comissão, o deputado Welington Landim (PROS) disse que já havia uma demanda para que, em 2014, os membros da comissão fizessem um acompanhamento das sugestões feitas pelo colegiado, assim como dos projetos do Governo já em andamento. Universalizado Segundo disse, mesmo com a promessa da Cogerh de resolver alguns dos problemas existentes, pouco foi feito. Ele também ressaltou que a expectativa é de que não se tenha um período de chuvas bom, e que, apesar de algumas regiões terem precipitações elevadas de chuvas, isso não será universalizado em todo o Estado. "No Cariri está chovendo bem, mas é de forma irregular. Isso atrapalha muito, pois traz uma repercussão negativa muito grande para a lavoura", disse ele ressaltando que é preciso que a comissão faça um acompanhamento com os dados que irão receber da Funceme. A cada 15 dias, conforme informou, serão solicitados dos órgãos competentes, tudo aquilo que foi posto no relatório, para que tais instituições cumpram ou deem uma resposta sobre o que foi posto no documento. "Nós vamos procurar as 35 cidades do relatório, procurar os poços profundos para saber se estão energizando e fazendo a distribuição de água". A maior parte dos membros da comissão deve deixar de participar do colegiado, pois muitos quiseram entrar no grupo, mas poucos foram os que se dedicaram a participar das reuniões. Dos 17 participantes, somente oito efetivamente tiveram atuação. A ideia inicial é que sete ou nove participem do novo formato. Para a constituição da relatoria, Welington Landim fez tudo, praticamente, sozinho, diz o parlamentar, somando-se a reclamação já feita por João Jaime.
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