O partido Democratas, no Ceará, terá palanque duplo no pleito de outubro do próximo ano. Em nível nacional, a legenda assegurou que não apoiará a reeleição de Dilma Rousseff (PT). Em relação à sucessão estadual, o partido deseja a manutenção da aliança com o Pros, do governador Cid Gomes.
O presidente estadual do DEM, Moroni Torgan, em conversa com o jornal O Estado, afirmou que, para a Presidência da República, a legenda tem três possibilidades: apoiar o senador Aécio Neves (PSDB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ou até mesmo tentar uma candidatura própria. “Ainda não sei qual candidato apoiaremos, porque ainda está sendo discutido em Brasília. Existem as três possibilidades. O Eduardo é o mais improvável. Mas já temos a certeza de que não apoiaremos a Dilma”, disse.
No que tange ao Ceará, o cenário do DEM será de total apoio ao sucessor estadual apontado por Cid Gomes (Pros). “A nível de governo do estado estamos decididos. Vamos apoiar o candidato do governador”, enfatiza.
Moroni aposta nos nomes do senador Eunício Oliveira (PMDB), do ex-secretário da Fazenda, deputado Mauro Filho (Pros), do ex-ministro da Secretaria Especial dos Portos, Leônidas Cristino (Pros), e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), como possíveis candidatos à sucessão estadual.
Apesar de citar o nome de Eunício, Moroni acredita que Cid indique alguém do Pros. “Quem vai escolher é o governador, e acho que ele vai querer uma pessoa do partido dele. A liderança do partido também vai querer alguém que dê continuidade às propostas da legenda”.
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
Nas eleições de 2014, o Democratas pretende eleger, no mínimo, quatro deputados estaduais e dois federais. Os estaduais, segundo Moroni, seriam o ex-presidente do partido Chiquinho Feitosa, e os já deputados estaduais Idemar Citó, João Jaime e Téo Menezes.
Ele disse ainda estar estudando a possibilidade de se candidatar a deputado federal. “Todo mundo tem falado o meu nome. Seria eu e outra pessoa, que ainda não foi decidida. Fecharemos a chapa de federal para o início do ano que vem”. O presidente da legenda não descartou, no entanto, fazer alianças com outros partidos para as eleições proporcionais. “Vamos avaliar bem essa possibilidade”, tergiversou.
SENADO
O DEM “não tem pretensão” de concorrer a uma vaga ao Senado, de acordo com Moroni, porque “quer fortalecer as chapas proporcionais”, mas não deixou de citar o nome do secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Pereira. Vale lembrar que o presidente estadual do PPS foi vice-prefeito da chapa de Moroni, quando o mesmo concorreu, em 2008, à Prefeitura de Fortaleza.