QUEM PODE MORDISCAR O CAPITAL PETISTARio de Janeiro e Maranhão, em diferentes momentos, são exemplos de locais onde o PT se anulou em nome de contingências nacionais. E como eleitor não é obrigado a mudar de opinião porque o partido mudou, a história mostra bem que o capital político migra. Em Fortaleza mesmo, no ano passado, o PDT, com Heitor Férrer, e o Psol, com Renato Roseno, avançaram em redutos tradicionalmente petistas. Juntos, tiveram 32,8% dos votos válidos, o que seria suficiente para ir ao 2º turno na primeira colocação. Para 2014, estão dadas as condições para candidato com perfil similar avançar sobre esse campo. Sobretudo com o alijamento do grupo da ex-prefeita Luizianne no processo, as condições de o PT transferir esses votos – que nem sabe ainda se tem – para o candidato de Cid são pertos de nulas. Nada que nem remotamente se aproxime de risco de derrota do candidato do governador. Tal cenário não está posto. Mas há perspectiva real de um Renato Roseno, por exemplo, ter desempenho similar ao de Marcelo Freixo (Psol) no Rio de Janeiro, que obteve 28% na Capital. E, a partir daí, passar a pavimentar alternativa real ao PT cearense. A coluna voltará ao assunto.