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Clima de Natal já toma conta dos hospitais infantis  - QR Code Friendly
Terça, 18 Dezembro 2012 04:47

Clima de Natal já toma conta dos hospitais infantis

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O pequeno Cícero Matheus Alves foi um dos que participaram da animada festa no Iate Clube de Fortaleza. As crianças ganharam presentes, brincaram e puderam conversar um pouco com o Papai Noel O pequeno Cícero Matheus Alves foi um dos que participaram da animada festa no Iate Clube de Fortaleza. As crianças ganharam presentes, brincaram e puderam conversar um pouco com o Papai Noel FOTO: ALEX COSTA
  Pequenos que sofrem com câncer receberam o Papai Noel e tiveram momentos de alegria em festa tradicional As histórias são parecidas: relatos sobre o medo, o sofrimento durante o tratamento, as dificuldades de aceitação e a esperança de superar a doença. A alegria de participar de uma comemoração de Natal, com direito a conversar com Papai Noel, doces e brincadeiras também. E foi assim para 500 crianças atendidas pela Associação Peter Pan, Instituto do Câncer e Lar Amigos de Jesus na 6ª edição da Festa dos Voluntários da Alegria. O evento aconteceu na manhã de ontem no Iate Clube de Fortaleza e reuniu os pequenos e suas famílias. "Levar a alegria e esperança para uma criança não tem preço, e a gente faz isso com amor", afirmou uma das coordenadoras da festa, Fernanda Azambuja. Ela conta que a ideia partiu de uma das integrantes da entidade, Sônia Oliveira, que há oito anos perdeu um filho vítima da doença. "Passamos dois anos sem poder realizar o encontro porque não tínhamos local. Hoje, além da distribuição de presentes, as crianças terão um dia de muita diversão com várias brincadeiras, palhaços, lanche e músicas infantis", informou. Mudança de rotina Se a proposta foi quebrar a dura rotina dos pequenos pacientes, nada melhor para as amigas inseparáveis Ana Karla e Carolina, ambas com três anos de idade e, coincidentemente, passando por tratamento desde julho deste ano. As duas meninas deixaram de lado por um instante as dores e o sofrimento e quase não pararam um instante sequer. Quiseram aproveitar tudo: fizeram pedidos ao Papai Noel, merendaram, sorriram com os palhacinhos, se encantaram com os garotos do circo-escola do Palmeiras, correram e dançaram. "Elas buscam força uma na outra, parecem irmãs", conta a mãe de Ana Karla, Deliane Rocha. Com os olhinhos vidrados nas apresentações, elas conseguiram viver momentos de descontração, deixando suas mães esquecerem a luta que é enfrentar a doença de um filho. "Tem dias muito difíceis, complicados mesmo e ver minha menina assim, descontraída, feliz, me sinto no céu", diz Deliane. Para a dona de casa Elizângela Lopes do Carmo, mãe de uma das crianças beneficiadas com o evento, a iniciativa aproxima o filho de vivências consideradas normais para jovens da idade dele. "Eu acho maravilhoso esse momento, pois meu filho esquece por um tempinho a doença e brinca bastante como qualquer uma das crianças que tem a sua idade". Outra mãe, a empregada doméstica Eleni Paulino dos Santos, acredita que a festa gerou até alguma ansiedade positiva na criança, que contou as horas para participar do momento e também de estar ao lado do bom velhinho, o Papai Noel. "Essa iniciativa ajuda no tratamento das crianças que sofrem este problema. Minha filha, por exemplo, quase não dormiu na expectativa de participar da festa e participar de tudo". Dificuldades O mesmo relato fazem os pais de Cícero Matheus Alves, de dez anos. Ana e Edilson deixam as lágrimas caírem enquanto contam que desde os nove anos, quando Cícero foi diagnosticado com leucemia, eles quase deixaram o desespero tomar conta. "A gente nunca espera por isso. Aceita, mas não se conforma", frisa Edilson. Ana lembra que o garoto nasceu prematuro, aos sete meses, e passou um período de dois meses na incubadora da maternidade. "Pensei que ele, a partir dali, tivesse a saúde perfeita, mas infelizmente, não foi isso que ocorreu, mas temos fé em Deus que conseguiremos superar a doença e seguir vivendo". A animação começou por volta das 8h da manhã e só terminou depois do meio-dia. A futura primeira-dama de Fortaleza, Caroline Cunha Bezerra, participou da festa e adiantou que, mesmo sem assumir nenhuma secretaria, irá comandar visitas às creches e escolas infantis do município para fazer um diagnóstico e, partindo daí, formular as diretrizes da ação social de Fortaleza a partir do próximo ano com a gestão de seu marido, Roberto Cláudio (PSB). "Elegemos a criança e o adolescente nosso foco na ação social municipal, isso sem esquecer o resto, mas precisamos beneficiar e proteger nossas crianças", disse. LÊDA GONÇALVESREPÓRTER
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