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MP investiga o caso da demissão de terceirizados   - QR Code Friendly
Segunda, 05 Novembro 2012 05:03

MP investiga o caso da demissão de terceirizados

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Ricardo Rocha interrogou funcionários demitidos da Prefeitura, o chefe do distrito de saúde da Regional III e o vereador que denunciou Ricardo Rocha interrogou funcionários demitidos da Prefeitura, o chefe do distrito de saúde da Regional III e o vereador que denunciou FOTO: RODRIGO CARVALHO
  Principais envolvidos na denúncia de demissão daqueles que não apoiaram o PT na eleição já foram ouvidos O promotor de Justiça Ricardo Rocha já ouviu todos os principais envolvidos no caso das denúncias de demissões em massa de terceirizados que não apoiaram a candidatura do petista Elmano de Freitas durante as eleições municipais. Além do líder da oposição na Câmara, Plácido Filho (PDT), que fez a denúncia, Ricardo Rocha interrogou funcionários demitidos da Prefeitura e o chefe do distrito de saúde, da Regional III, Eymard Bezerra Maia, que está em gravação confirmando as demissões. Ao promotor, Eymard disse que queria apenas saber qual o motivo da ligação feita a ele, por isso falou de atos da administração. A promotoria recebeu primeiramente três terceirizadas que foram demitidas por fazerem parte da grade de parlamentares ligados ao candidato Roberto Cláudio para prefeito de Fortaleza. Segundo elas, foram obrigadas a fazer bandeiraços para o candidato petista e, diante da recusa, foram demitidas. De acordo com informações do vereador Plácido Filho, pelo menos 800 funcionários da Prefeitura foram demitidos por esse motivo. O vereador não participou do depoimento de Eymard Bezerra, pois estava doente, mas disse que está acompanhando todo o processo, esperando que o caso seja elucidado. Durante explicações pessoais na Câmara, na última quarta-feira, o pedetista chegou a convocar a imprensa para se fazer presente durante o depoimento do gestor da Prefeitura. No seu depoimento, Plácido confirmou as acusações do uso da máquina nas eleições e disse que administração da prefeita Luizianne estava forçando terceirizados a votarem no candidato do PT sob o risco de serem demitidos. O chefe do distrito de saúde da Regional I, Eymard Bezerra, também foi convocado a comparecer ao gabinete do promotor para prestar esclarecimentos por mais de uma vez, mas, na primeira convocação, não compareceu, só o fazendo na manhã da última quinta-feira. Crime Ricardo Rocha chegou a enviar para o procurador regional eleitoral, Márcio Torres, um ofício solicitando esclarecimentos sobre o fato, que ele denominou como "crime eleitoral". Plácido Filho chegou a utilizar todo o tempo da coligação "Fortaleza Merece Mais", durante o horário eleitoral gratuito, para apresentar a denúncia. No vídeo, ele mostrou uma gravação em que o chefe do distrito de saúde a Regional III, Eymard Bezerra, explica para uma servidora, que se passava por filha de um funcionário demitido da Prefeitura, como possivelmente funcionava o esquema. No depoimento dado ao Ministério Público, porém, o gestor Eymard Bezerra confirmou a gravação, mas explicou que estava testando a pessoa para saber até onde ela iria com suas reclamações. No mesmo dia, a prefeita Luizianne ganhou o direito de resposta no horário da propaganda eleitoral dos candidatos proporcional da coligação. A representação da Procuradoria Geral do Município (PGM) foi acatada pela Justiça Eleitoral, pois a peça apresentada pelo vereador "agride o decoro, a dignidade e a honradez, ainda que subliminarmente, da Prefeita de Fortaleza, bem como a atual administração".
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