Imprimir esta página
Segunda, 18 Junho 2018 11:08

Autoridades apontam exploração e retirada de direitos com Reforma

Avalie este item
(0 votos)
Audiência pública para debater os impactos da Reforma Trabalhista para a classe trabalhadora Audiência pública para debater os impactos da Reforma Trabalhista para a classe trabalhadora Foto: Bia Medeiros
Os impactos da Reforma Trabalhista para a classe trabalhadora foram debatidos nesta segunda-feira (18/06), na Assembleia Legislativa. O deputado Nestor Bezerra (Psol), que propôs a audiência pública,  disse que o objetivo é clarear para a sociedade todos os malefícios da proposta.

“O debate sobre os impactos negativos da reforma precisam chegar a um patamar em que os governos que a aplicaram a revoguem, pois ela é o pior ataque que já houve no País contra a classe trabalhadora, sendo um massacre para quem trabalha”, afirmou.

Para o senador José Pimentel (PT/CE), o Brasil, a América Latina e os países em desenvolvimento vêm sofrendo,  nos últimos anos, um processo de empobrecimento grande, com retirada gradual de direitos sociais e trabalhistas.

“No Brasil, esta retirada de direitos veio acompanhada com o esvaziamento das entidades sociais, passando pela reforma da educação básica, pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que congela recursos para a saúde, educação e assistência social, e consumando-se com as mudanças na lei das terceirizações”, apontou o senador.

A advogada trabalhista Gabryela Ruiz considerou que as novas leis trabalhistas vêm trazendo profundos reflexos negativos na vida da classe trabalhadora brasileira. “Foi uma lei aprovada às pressas, sem qualquer debate com a classe trabalhista e sem ouvir os representantes desta classe”, lamentou.

Ainda de acordo com ela, a Reforma Trabalhista é reflexo de uma lógica que ganhou força com a crise econômica. “O argumento é de que a culpa da crise econômica ocorre pelo suposto excesso de direitos sociais e trabalhistas, havendo a necessidade de que os trabalhadores paguem por ela, com corte de benefícios e flexibilizações aqui e ali”, salientou.

Segundo Gabryela Ruiz, com a reforma, está sendo imposto um novo patamar de exploração da força do trabalho, porque é exigido mais trabalho, enquanto há menos benefícios.

Participaram ainda da audiência, a representante do Movimento Igualdade, Adelita Monteiro; o presidente da central sindical CSP – Conlutas, Flávio Patrício; o representante da Intersindical Central da Classe Trabalhadora no Estado do Ceará, Matheus Pires; o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Luciano Simplício Farias; o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Luque; entre outras autoridades.

RG/AT

 

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1512 vezes

Mais recentes de Fotografia

Itens relacionados (por tag)