Outros 33,9% entendem que esse tipo de comércio desorganiza o espaço público, dificulta a circulação de pessoas e veículos e facilita a sonegação fiscal. Já 7,1% preferiram não opinar sobre o assunto.
Para o deputado Ely Aguiar (PSDC), as feiras informais, quando disciplinadas rigorosamente, devem ser toleradas. “Essa forma de trabalho é a sobrevivência de muitas famílias. Se a prefeitura fiscalizar de maneira que não venha a prejudicar ninguém, os feirantes devem poder continuar seu trabalho”, assinala.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) destaca o período de crise no Estado. “Com a falta de oportunidade de emprego, muitas famílias precisam do trabalho informal para seu sustento. É importante deixar que as pessoas busquem maneiras de se sustentar, até para não aumentar a criminalidade”, diz. A parlamentar ressalta que, no caso de feiras informais, é importante a fiscalização e organização dos espaços, para não gerar conflitos.
De acordo com o deputado Carlos Felipe (PCdoB), há necessidade de regulamentar as feiras informais, além de adequar os termos da vigilância sanitária. “Sou a favor das feiras, desde que não atrapalhem as pessoas, o trânsito e tenham fiscalização e estrutura de suporte, para não prejudicar nenhum cidadão”, frisa.
Para Alex Araújo, economista com MBA em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas e em Banking pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, os empregos informais são importantes como alternativa de renda. “A informalidade é uma porta de entrada para o mercado de trabalho, principalmente na atual situação de desemprego que vivemos no Brasil”, acrescenta. O economista assinala que a permissividade dos empregos informais não pode, porém, estimular a ilegalidade. “É necessário que essas pessoas sejam estimuladas e fiscalizadas para ingressarem no mercado formal”, observa.
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