“Ele faz um trabalho absolutamente efetivo ao verificar que a lotação dos corredores é ocasionada por ineficiência”, ressaltou. Dra. Silvana explicou que grande parte dos pacientes em filas nos corredores estavam à espera da realização de exames, e que após a visita de Cabeto, os exames foram realizados e os pacientes puderam retornar às suas casas. A redução das filas no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), por exemplo, já pode ser observada, segundo Dra. Silvana.
A parlamentar criticou a gestão desses hospitais, e apontou a falta de vontade dos chefes de serviço como responsável pela existência dessas filas. “Ouvi chefe de serviço falando que não abria vaga para residente em hospital porque não queria. Como agilizar o serviço e atender à demanda da população desse jeito?”, questionou.
Para ela, o problema da saúde no Ceará não é a falta de dinheiro, mas o mau uso dele, e afirmou que ouvir Dr. Cabeto prometer triplicar a vaga de médicos residentes no Estado “é algo que nos enche de inspiração”. “Espero que a postura de Cabeto à frente da Secretaria da Saúde contagie os futuros secretários, pois assim o Ceará será referência em saúde para todo o País”, frisou.
Dra. Silvana fez menção, ainda, à crise financeira vivida pelo Hospital Batista há mais de uma década. Conforme observou, é papel do Parlamento buscar mecanismos legais para socorrer a população, e considerou que a unidade presta um grande serviço ao povo cearense.
“Não podemos ter tanta rigidez técnica em uma situação como essa, senão perderemos um equipamento que oferece um serviço inestimável a nosso povo”, disse.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) considerou que ações coordenadas entre parlamento e os governos podem gerar um mecanismo legal que sane a questão do Hospital Batista. “Ela é de grande valor no momento de realizarmos procedimentos de alta complexidade, então é muito triste vislumbrarmos a possibilidade da perda de um hospital dessa magnitude”, disse.
O deputado Queiroz Filho (PDT) lembrou que 90% da população cearense não têm condições de pagar um plano de saúde. “Saúde é um direito do povo garantido pela nossa Constituição, que acabou de fazer 30 anos, então temos que brigar sim para que a saúde seja universal em nosso Estado”, defendeu.
PE/LF