A maioria dos participantes (77,6%) entende que doar órgãos é um ato nobre e ajuda no que pode ser a única esperança de vida de alguém. Outros 22,4% responderam que ainda não têm informação suficiente para tomar qualquer decisão sobre a doação de órgãos.

Para o médico e deputado Heitor Férrer (SD), a doação de órgãos é de extrema importância. “Sou doador e acredito que esse ato é uma das maiores ações de solidariedade, pois salva a vida de pessoas que estavam condenadas à morte”, diz.

O parlamentar observa que, com a morte, os órgãos se deterioram. “Para nada mais vai servir o órgão de uma pessoa que já faleceu. Porém, se estiver em bom estado, salva outra. É de extrema importância realizar campanhas de conscientização do valor da doação de órgãos. Muitos não sabem como é relevante essa ação”, afirma.

A deputada Fernanda Pessoa (PSDB), integrante da Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa, entende que o Governo do Estado deve investir em campanhas informativas sobre a doação de órgãos e pessoas de renome da área da saúde também deveriam informar sobre a relevância da ação. “Sou doadora de órgãos e entendo que esse ato de solidariedade é extremamente importante”, assinala.

Fernanda Pessoa acrescenta que muitos cidadãos não entendem o que é a doação, portanto não pensam no assunto. “Precisamos mostrar que a doação salva vidas. É um ato de solidariedade principalmente da família, que, mesmo passando por um momento de dor, consegue ver que pode salvar a vida de outra pessoa”, aponta.

O clínico geral doutor Felipe da Silva também aponta a relevância da doação de órgãos. O médico explica que a pessoa deve comunicar aos parentes o desejo de ser um doador  de órgãos, já que apenas os familiares podem autorizar.

“Um dos fatores que mais ocorrem em casos de não doação é a negação da família. É um momento difícil para os parentes, mas também é um momento decisivo, que pode salvar alguém que está na fila de espera por um órgão saudável", assinala. Conforme o médico, conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos, através de campanhas e informações, nunca é demais. "É necessário para que o número de doares no Brasil aumente e possamos contribuir mais, salvando outros”, pontua.
GM/AT