O equipamento integra a política de responsabilidade socioambiental da AL, o primeiro Poder Legislativo do Brasil a aderir à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), em junho de 2011. Segundo o diretor adjunto operacional da Casa, Júlio Ramon Soares Oliveira, a opção pelo programa Ecoelce deu-se pelo fato de a iniciativa existir desde 2007, trabalhar com logística de fácil execução e ter conseguido bons resultados.
De acordo com a Coelce, 64 postos fixos funcionam em todo o Ceará e já coletaram 13,5 mil toneladas de resíduos nesses sete anos. Elas foram convertidas em R$ 1,6 milhão em descontos para os participantes do programa. Para ser beneficiário, basta cadastrar-se em qualquer ponto e levar os produtos para pesagem. Qualquer pessoa pode participar. Cada tipo corresponde a um valor a ser abatido na conta. 425 mil pessoas participam do Ecoelce e conseguem, em média, R$ 3,50/mês de abate no boleto. Cerca de duas mil famílias cearenses têm a conta zerada todo mês somente com a entrega de produtos.
Todo o material recolhido no posto da AL será encaminhado à empresa Ultralimpo, que será responsável pelo processo de reciclagem. É como se ela comprasse-os da Coelce. “Os outros pontos de Fortaleza estão em áreas periféricas. Este veio para beneficiar a região mais central da cidade”, disse o responsável pelo Ecoelce, Odailton Arruda.
A implantação do posto de coleta seletiva casa com a política ambiental da AL de plantar árvores para neutralizar a própria emissão de carbono. Em julho deste ano, 14,5 mil mudas foram plantadas para compensar o CO2 liberado em 2010. Em março do próximo ano, um novo ato acontecerá para limpar os danos ambientais causados em 2011.
Há também a coleta interna de produtos recicláveis. Ela acontece desde março. Plástico e papel são os principais tipos recolhidos pelas equipes de serviços gerais da AL. A primeira remessa está guardada para ser vendida e o que for apurado com a reciclagem será convertido a uma instituição beneficente escolhida por votação pelos servidores da Casa. A cada mês, uma nova entidade será contemplada. “Tudo o que a gente faz libera gás carbônico. Ao tratarmos os resíduos da Casa, também compensamos a emissão”, explica Júlio Ramon.
Ramon lembra as campanhas internas permanentes de estímulo ao uso reduzido de copos descartáveis e economia de energia. Cita também o ponto de coleta de pilhas e baterias na entrada do Anexo I da AL. Elas são repassadas ao grupo Pão de Açúcar, que as encaminha para reciclagem.
BC/CG