A mostra apresenta um pouco sobre a cultura, a arte e as faces das crianças, dos jovens, adultos e troncos velhos dos Tremembé da Barra do Mundaú, retratados através de fotografias. A exibição também propõe fortalecer o processo de resistência e luta pela demarcação das terras indígenas.

Para o autor da exposição, o sociólogo Marcos Vieira, a iniciativa surgiu pela profissão, pelo fato de trabalhar com antropologia cultural. “Os Tremembés, na verdade, não são a primeira etnia que eu fotografo. Já fotografei os Pitaguary, os Anassés, outras etnias. Os Tremembés organizam há uns 10 anos a festa do murici e do batiputá, dois frutos característicos da região, e minha primeira vez em contato direto com eles foi na festa, onde comecei a fotografar", contextualiza.

Marcos conta que as fotografias já foram expostas na própria aldeia, a partir do projeto Oca Digital. Chegando agora à AL-CE, devem seguir ainda para o Cariri, São Paulo e, ainda, para fora do País. "A demarcação não é só no Ceará, é uma questão do Brasil e também de fora", ressalta, adiantando que as imagens também estarão disponíveis para escolas e universidades interessadas.

A exposição é promovida pelo Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), por meio do projeto Ação Tremembé, em parceria com o Povo Tremembé da Barra do Mundaú, com apoio da União Europeia, Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

Apresentado por Jânio Alves, produzido por Clara Pinho, Rosanni Guerra e Virna Cavalcante, o Siga-me é exibido às quartas-feiras, às 19h20. A reprise acontece ao longo da semana, durante a programação da TV Assembleia. Os programas anteriores também podem ser vistos no canal da TV Assembleia no YouTube.

WT/LF