Capitão Wagner avaliou que, na contramão da realização de concursos com exigência de nível superior para os profissionais da Polícia Civil, há um salário que não garante a permanência desses policiais no ofício. O parlamentar também apontou que a Polícia Militar não é capaz de garantir sozinha a prestação de um serviço de segurança de qualidade. “O investimento em contratação de profissionais e equipamentos e em melhores condições de trabalho e salários será, sim, responsável por fazer da Polícia Civil uma instituição respeitada pela população cearense”, afirmou.
O escrivão Francisco Antônio Brito Monção agradeceu em nome dos homenageados e comentou que hoje existe um fosso salarial inadmissível entre delegados, inspetores, escrivães, agentes de telecomunicação e pessoal do quadro administrativo. “Ninguém concorda com o abandono que sofrem os operadores de telecomunicação e nossos queridos amigos do quadro administrativo. Isso dói na nossa alma, nós precisamos ter essas pessoas valorizadas e ouvidas”, enfatizou.
Para o diretor da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Rêmulo Silva de Oliveira, é preciso que a sociedade reconheça a importância do trabalho do policial civil. “Precisamos chamar a sociedade, para que ela possa entender o que acontece e abraçar a nossa causa, pois o que fazemos é para o bem da sociedade”, destacou.
Representando a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Ceará (Adepol/CE), a delegada Geovania Holanda elogiou o trabalho desempenhado pelo deputado Capitão Wagner, afirmando que, apesar das divergências entre as diversas forças policiais, o parlamentar vem tratando todos os pontos discutidos de forma equânime.
De acordo com a diretora do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil, delegada Rena Gomes, a Polícia Civil do Ceará é a de menor efetivo no Brasil, mas que traz uma grande responsabilidade de apresentação de resultados para a sociedade cearense. “A Polícia Civil é importantíssima porque é nela em que a população primeiramente tem a sua certeza de materialidade da justiça”, salientou.
O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Homero Catunda, frisou que os órgãos da segurança pública têm como pautas em comum a manutenção da ordem pública e a preservação da sociedade e do patrimônio.
Já o vereador de Fortaleza Daniel Borges (PR) parabenizou todos os homenageados e pediu ao governo um olhar diferenciado para a categoria, enquanto o vereador também de Fortaleza Soldado Noelio (PR) disse que o Governo do Estado precisa refletir sobre o modelo de gestão. “O governo hoje, infelizmente, tem investido errado. Se ele está investindo muito, ele está investindo errado”, criticou. Já o ex-deputado estadual Delegado Cavalcante ressaltou que a Polícia Civil é um dos grandes organismos que atuam na redução da violência.
Receberam homenagens o auxiliar administrativo da Polícia Civil Sebastião Cosme Barreto; o operador de telecomunicações policiais da Polícia Civil Francisco Anivalder Nunes Aguiar; os inspetores Antônio Herbster Pereira Santos, Blanchard Pereira Passos, Daniel César Rocha Tupinambá, Herlon Martins Marques, Isaac Dieb Holanda Sales, Valcimon Goiana Melo e Verônica Karla Lima de Freitas; o inspetor-chefe aposentado da Polícia Civil Reginaldo Moreira Moura; o presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil (Assepol/CE), Edmundo Barbosa Lima Filho; o escrivão Francisco Antônio Brito Monção e os delegados Diego Barreto Moreira, Eduardo Tomé Santos Gomes, Romério Moreira de Almeida e Sérgio Pereira dos Santos.
Também participou da solenidade o vereador de Fortaleza Julierme Sena (PR).
BD/CG