O poder do crime
Foi arquivada a CPI, proposta em 2015, pela deputada Rachel Marques (PT), para investigar o narcotráfico no Ceará. Tratava-se de uma das investigações mais aguardadas, entre todas requeridas na casa. Era a esperança de que teríamos um instrumento capaz de deter a marcha dessa ação criminosa, devastadora para toda uma juventude que é seu alvo preferencial. Arquivamentos de CPI é comum e constitucional, mas o que ocorreu em relação a esse caso, é de estarrecer: deputados ficaram com medo e recusaram-se a referendá-la. Evandro Leitão (PDT), líder do Governo, e Doutora Silvana, líder do MDB, temendo que suas famílias viessem a sofrer retaliações da parte do crime organizado, desistiram de apoiar a iniciativa. Um fato lamentável e que não se coaduna com as reponsabilidades de defesa da cidadania.
Deputado não pode ter medo e, muito pior, deixar a sociedade abandonada a própria sorte por falta de colaboração. Afora tais polêmicas, a verdade resultante desse episódio é que, ao se “deixar pra lá” essa medida de combate ao tráfico de drogas e seus resultados catastróficos, fica a população ainda mais temerosa, ao constatar que até os responsáveis pela sua segurança acham-se ameaçados pela bandidagem e lavam as mãos, como Pilatos. Como compensação a essa decepção, o deputado Zezinho Albuquerque e o presidente do Conselho de Altos Estudos, Tin Gomes, estudam a realização, talvez em maio, de um seminário sobre narcotráfico, com a participação de especialistas nacionais e internacionais em Segurança Pública, além de secretários de Segurança de outros estados. Auguramos todo o êxito para esse seminário. Mas, fica o estigma de não se realizar uma CPI temendo a vingança dos inimigos da lei.
Está forte. Mostrando prestígio, o prefeito Moésio Loiola conseguiu junto ao senador Eunício Oliveira a instalação, na sua pequenina Campos Sales, de um campus da Universidade Regional do Cariri – Urca. A experiência faz desse prefeito um dos melhores do Estado.
Melhoria hídrica. Será aprovado pela AL, projeto de lei do Governo do Estado, para o financiamento de US$ 200 milhões destinados primordialmente à melhoria hídrica, uma das maiores urgências do estado do Ceará.