De acordo com o procurador, a operação pôs fim à impressão de que a Justiça protege os ricos, além de defender o uso de expedientes contestados, como a delação premiada, haja vista a magnitude e o impacto político das investigações.

O procurador ressalta a excepcionalidade do Ministério Público brasileiro, que é singular na estruturação e abrangência de atribuições, que vão muito além da área criminal (usualmente o único campo de atuação de congêneres estrangeiros). Ele destaca ainda a delação premiada como um meio de estratégia mais eficaz diante da situação de excepcionalidade da qual se reveste a operação Lava Jato, o que, segundo ele, justificaria uma forma também excepcional de atuação.

O convidado também fala sobre a capacitação e atuação dos membros da força-tarefa da Lava Jato; as novas técnicas de investigação e colaboração premiada; a coordenação do Ministério Público com outras instituições; a cooperação internacional e a adoção de uma estratégia de comunicação social, entre outros assuntos.

Ronaldo Porto Macedo Júnior esteve em Fortaleza participando da Semana do Ministério Público 2016, realizada pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e pela Escola Superior do Ministério Público (ESMP). O evento aconteceu entre os dias 14 e 16 de dezembro e teve como tema “Ministério Público: Defensor da Sociedade e Promotor dos Direitos Fundamentais”.

Com apresentação do jornalista Renato Abreu e produção de Helenir Medeiros, o Questão de Ordem vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 19h30. A reprise acontece às 7h15 do dia seguinte.

BD/CG