Segundo a parlamentar, “é preciso refletir sobre que tipo de resultado se deve exigir desta conferência”. Também como deve ser a participação do Brasil, “no sentido de contribuir sobre o debate dos destinos do planeta, que cada vez mais convive com as graves ameaças e com as mudanças climáticas provocadas pelo homem”.
Eliane ressaltou que “está se expandindo em todo o mundo o ideário de que é preciso adotar políticas concretas e firmes no sentido de preservar o meio ambiente”. Ela disse que outras conferências internacionais já comprovaram que a preocupação com os riscos do aquecimento é uma pauta mundial. “Mas poucos foram os avanços concretos para reduzir a exploração predatória sobre os recursos naturais”, afirmou.
Conforme pontuou, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC) trouxe ao mundo previsões alarmantes que exigem medidas no curto e no longo prazo. “Os últimos anos têm sido os mais quentes da história. O planeta nunca lançou na atmosfera tanto dióxido de carbono, vilão do aquecimento global”, pontuou.
Para Eliane, o debate que o País deve buscar na Rio+20 vai muito além da discussão sobre a economia verde. “A questão de preservar os recursos naturais é muito mais profunda do que o discurso ecológico do verde. É preciso muito mais do que fabricar produtos ecologicamente corretos. O debate a ser travado pelas nações do mundo deve levar em conta aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos”, observou.
A deputada também frisou que os vetos e modificações da presidente Dilma Rousseff ao novo Código Florestal oferecem melhores condições de participação do Brasil na Conferência. “O Governo Federal deve ir fundo no debate e considerar as mobilizações que vão ocorrer na Cúpula dos Povos, evento paralelo que reunirá cerca de 50 mil pessoas de vários movimentos sociais e ambientalistas, para discutir e propor soluções concretas que coíbam a exploração predatória do homem”, comentou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) disse que a Rio+20 também fará com que as pessoas reflitam sobre as mudanças na natureza nos últimos 20 anos. “Podemos questionar se estamos cuidando bem da fauna e da flora”, assinalou, acrescentando que, “nos últimos tempos, o homem tem sido o maior predador da história”.
ENCAMINHAMENTOS
A deputada Eliane Novais salientou ainda que cobrará providências à Mesa Diretora da Casa sobre os pronunciamentos feitos pelo deputado Perboyre Diógenes (PMDB), na última semana. Para ela, os pronunciamentos tiveram um teor “machista” e exigem uma investigação.
EU/AT