Em pouco mais de um ano, foi a segunda vez que representantes do Ministério Público Estadual vieram à AL. Na primeira oportunidade, expectativas foram expostas. Agora, uma proposta de parceria foi colocada em pauta. “Temos toda uma burocracia de carreira que precisa ser qualificada. Se isso já é difícil para os cargos federais, imagine para os municipais. O MP pode nos ajudar”, disse Roberto Cláudio.
    
A declaração do presidente remete à oferta de cursos de capacitação da Universidade do Parlamento Cearense, criada pelo Legislativo para garantir formação continuada de servidores públicos em geral e dos cidadãos, com foco especial às reivindicações profissionais dos parlamentares e agentes políticos vinculados às Assembleias Legislativas e às Câmaras Municipais conveniadas. Para isso, convênio foi firmado com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
    
O socialista citou a inauguração do Anexo II da AL, onde a Universidade funciona, observando que mais capacitações poderão ser ofertadas. “A instituição dispõe de cursos de graduação, pós-graduação e mestrado em parceria com universidades dos Estados Unidos e Alemanha. A Assembleia está de portas abertas para o fortalecimento do Ministério Público”, considerou.
    
Procurador-geral de Justiça há quatro meses, Ricardo Machado disse que o Ministério Público também está disposto a aprofundar a relação institucional com o Legislativo, apontado por ele como o mais importante dos três poderes constitucionais. “É o que tem o meu maior respeito, porque todos os segmentos da sociedade estão aqui representados”, explicou.
    
Os demais procuradores e promotores de Justiça reforçaram a necessidade de solidificar os laços entre MP e AL. Tese também defendida pelos deputados Tin Gomes (PHS), Inês Arruda (PMDB), Ely Aguiar (PSDC), Sérgio Aguiar (PSB), Paulo Facó (PTdoB), Júlio César Filho (PMN), Dedé Teixeira (PT), Fernanda Pessoa (PR), Bethrose (PRP) e Professor Teodoro (PSD), presentes ao evento.
    
Os parlamentares enalteceram a aprovação, semana passada, do projeto que implementa a Lei da Ficha Limpa na administração pública. Todos pediram cautela para excessos não serem cometidos e gestores continuarem sendo tachados de corruptos por simples atecnias em prestações de contas. “Muitas injustiças poderão acontecer”, ponderou Tin. “Quem rouba dinheiro destinado para a melhoria da qualidade de vida das pessoas tem que ser punido sem dó nem piedade”, avaliou Ely.
BC/AT