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Secretário reconhece que situação é grave - QR Code Friendly
Quinta, 22 Janeiro 2015 06:26

Secretário reconhece que situação é grave

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  “Grave” é assim que o secretário Delci Teixeira classifica a problemática da Segurança Pública no Ceará. O titular da pasta visitou o jornal O Estado, na manhã de ontem. Há 20 dias à frente da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS), Delci afirma que, neste momento, é hora de atuar com a união de todas as forças (policiais, Ministério Público, Judiciário, especialistas e sociedade civil), analisar a razão de em algumas áreas do Estado a violência ter seus indicadores atípicos, tendo em vista os investimentos realizados no governo de Cid Gomes (Pros). Entre as ações emergenciais em prol da redução da criminalidade do Estado, Delci citou a ampliação do programa Ronda do Quarteirão e a atuação unificada de todas as pastas. “Temos conversado com todas as pessoas responsáveis pela segurança pública. Temos a humildade de procurar pessoas e ouvir outras que, embora não sejam integrantes da secretaria, possam nos trazer e agregar algumas sugestões”, afirmou, ressaltando que os índices, realmente, são “preocupantes”. Para o secretário, os indicadores são “atípicos”, pela justificativa de o ex-governador do Estado ter intensificado em sua administração, a qualificação da Polícia do Ceará e, principalmente, investido recursos (materiais) na área. “A pergunta não é o que nós precisamos para melhorar na segurança pública, mas, sim, o que podemos fazer com aquilo que já dispomos”, complementou. Com o desenvolvimento do programa Ceará Pacífico, Delci assegura que os estudos apontam a ampliação do Ronda Quarteirão e a integração de todas as secretarias. SACRIFICAR CABEÇAS Conforme ainda Teixeira, a política de divisão de 19 Áreas Integradas de Segurança (AIS) do Estado, contribui para que os responsáveis (Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros) atuem de maneira integrada e sejam cobrados por resultados. “Deixamos bem claro que queremos soluções de cada área. Porque se não for assim, vamos mudar algumas pessoas que estão no comando dessas operações. Teremos que sacrificar algumas cabeças se for o caso, mas teremos de ter essa solução”, declarou, dando conta de que os responsáveis estão sendo cobrados por resultados em todas as reuniões da cúpula de Segurança Pública, que ocorrem na SSPDS todas às terças-feiras, e que no último dia 20, a reunião contou com a presença do governador Camilo Santana (PT). “O Ceará ainda está devendo em termos de combate à criminalidade. Nesses 20 dias que estou à frente da secretaria, ainda não conseguimos dar um tratamento adequado, mas, com certeza, vamos fazer todos os esforços para que possamos obter esses resultados”, ratificou. FISCALIZAÇÃO DAS FRONTEIRAS Tratando ainda na “guerra” de minorar os índices de criminalidade, Delci citou as drogas, e da a importância de voltar a atenção para as fronteiras do Estado. “Nós temos que ficar atentos aos principais eixos rodoviários, sem contar com Aeroporto. Primeiro que o problema da droga chama a atenção porque nas discussões, a gente ver que 90% dos crimes, dos homicídios, estão relacionados a ela”, frisou. CONTATOS INTERNACIONAIS O secretário presta conta ainda de que está cobrando da Inteligência, as principais rotas utilizadas pelos principais traficantes. No combate ao narcotráfico, Delci afirma ainda que irá estreitar laços com a Bolívia, Peru e Colômbia, países em que as drogas são fabricadas, além de sempre manterá contatos com a secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, em razão de a região fazer parte da rota do tráfico, assim como os estados do Acre, Mato Grosso e Amazonas. CAPITÃO WAGNER Ao tratar da polêmica aproximação, no atual governo, com o deputado Capitão Wagner (PR), líder político da categoria no Estado, com relação a segurança pública e, principal adversário político dos Ferreiras Gomes, Delci ratificou que sempre que for solicitado irá recebê-lo e estará aberto ao diálogo. “Eu penso que segurança se faz conversando com todo mundo. Não venho assumir a secretaria entendendo que sou o dono da verdade, e que vou trazer soluções mágicas para o Estado”, afirmou, pontuando que sempre estará disposto a conversar com quem se dispõe a propor alguma proposta viável, que possa agregar nos trabalhos, “independente que seja capitão Wagner ou outra pessoa”. POR Rochana LyvianCOM COLABORAÇÃO DEISADORA Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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