Você está aqui: Início Últimas Notícias Deputados divergem sobre CPI para investigar empréstimos consignados
O vice-líder do Governo, deputado Carlomano Marques (PMDB), ocupou a tribuna do Plenário 13 de Maio para criticar a proposição. "Está provado que o caso dos consignados virou questão política", considerou o peemedebista. "O que na verdade Heitor Férrer quer com essa CPI? Se me provarem, sob qualquer fonte, que apenas um entre os mais de 150 mil funcionários públicos do Estado do Ceará, dos quais 62 mil têm um ou mais empréstimos, está sendo lesado em um centésimo de real em seu salário, eu assino essa CPI", garantiu Carlomano Marques.
Na avaliação do líder do Governo, deputado Antonio Carlos (PT), a instalação de uma CPI é precipitada. "O Governo do Estado convocou a ABC para prestar esclarecimentos e, a partir dessas informações, o Governo tomará as providências", disse.
Segundo o líder governista, é normal no debate “a adrenalina nos alcançar. Mas não são normais alguns termos, não são corretos, não fazem parte da democracia porque não são verdadeiros", frisou o parlamentar. Antonio Carlos finalizou o pronunciamento destacando que o governador Cid Gomes é contra o prejuízo ao servidor, devido à taxa de juros e o tráfico de influências.
O deputado Augustinho Moreira (PV) cobrou fiscalização por parte da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado. "No contrato firmado entre o Estado e a ABC, que venceu a licitação dos consignados, a cláusula 10ª estabelece que a fiscalização do contrato deverá ser acompanhada pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep) da Seplag, que designou a servidora Silvana Mary Lima da Silva especialmente para este fim. O gestor do contrato tinha a obrigação de saber tudo sobre os consignados", explicou Augustinho. Para o deputado, o Governo do Estado precisa esclarecer o caso à população cearense.
Ainda durante o segundo expediente, os deputados Heitor Férrer e Roberto Mesquita (PV) voltaram a defender instalação da CPI. Roberto Mesquita lembrou, inclusive, que a CPI permite a quebra do sigilo bancário.
Por fim, o vice-líder do Executivo, deputado Sérgio Aguiar (PSB), afirmou ser contra a instalação da CPI. "Houve um procedimento de concorrência pública, realizado ainda em 2008. A empresa contratada, ABC, concorreu para poder fazer a contratação de empréstimos consignados. Não há nada em relação ao procedimento licitatório que macule a condição da empresa ABC", disse ele.
RW/CP